Mais de 1 bilhão de animais podem morrer, alerta entidade

25 de maio de 2018 Por Redação
Caminhoneiros protestam contra elevação no preço do diesel na rodovia BR-040, em Duque de Caxias.

Caminhoneiros protestam contra elevação no preço do diesel na rodovia BR-040, em Duque de Caxias

 

Pelo menos 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos poderão morrer nos próximos dias devido à falta de ração no campo, fora os animais que estão em caminhões não autorizados a transitar nas rodoviais do país. Com a paralisação dos caminhoneiros, o risco aumentou, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Em nota divulgada hoje (25) a ABPA informa que o acordo negociado entre o governo e o movimento de paralisação, “ainda não surtiu efeito nas estradas”. “Caminhões com carga viva não são autorizados a transitar. A situação mais grave está no trânsito de ração, que está sendo impedido.”

O alerta da associação teve apoio do presidente Michel Temer nesta manhã. “Acabei de verificar uma coisa muito desagradável: os frangos estão morrendo. Estão se canibalizando, eu nem sabia disso. Uma coisa terrível para os produtores, principalmente em Santa Catarina.”

A entidade informa ainda que em diversos locais há falta de insumos e animais, colocando em risco a alimentação dos bichos: “Aqueles que ainda contam com estoques, estão fracionando para prolongar ao máximo a oferta do alimento”.

Só hoje, a ABPA registrou 152 plantas frigoríficas de aves e suínos paradas. Mais de 220 mil trabalhadores estão com atividades suspensas. “A situação setorial é caótica. Empresas poderão fechar pelos prejuízos causados pela paralisação. Uma intervenção rápida e forte por parte do governo é urgente para evitar a mortandade de milhões de animais.”

Na tentativa de evitar o desabastecimento e os prejuízos aos produtores, Temer anunciou hoje que militares vão desbloquear estradas e atuarão para garantir que caminhões possam chegar ao destino.“Vamos garantir a livre circulação. O governo espera e confia que cada caminhoneiro cumpra seu papel.”

Informações da Agência Brasil