Após reduzir perdas, Ibovespa volta a cair com força

23 de maio de 2018 Por Redação

Atualizado às 15h39min

O Ibovespa reduziu um pouco as perdas logo após a divulgação da ata do Fomc, às 15h. Mas no horário voltava a ter queda forte: -1,9% aos 81 mil 152 pontos.

Cautela com emergentes

No radar do mercado pelo mundo está a crescente preocupação com a crise cambial na Turquia e em outros países como Argentina. Analistas avaliam que esse tipo de crise pode se espalhar para outras economias como África do Sul, México e Indonésia com o dólar aumentando em âmbito global.

Declaração de Trump preocupa

As preocupações comerciais também ajudam a aumentar a aversão ao risco nesta quarta-feira . O presidente Donald Trump disse aos repórteres que não estava muito feliz com o progresso das negociações comerciais entre EUA e China.

Ata do Fomc

Integrantes do Fomc, o comitê que decide sobre os juros nos Estados Unidos, na reunião no início de maio, confirmaram que planejam elevar as taxas de juros em junho.

A revelação foi feita na Ata do Fomc, divulgada às 15h, pelo horário de Brasília.

Mas segundo o documento, os integrantes do comitê não estavam preocupados com o fato de estarem atrás da curva da inflação.

Embora a inflação tenha atingido a meta de 2% do Fed na última leitura de março, pela primeira vez em um ano, as autoridades não estavam convencidas de que permaneceriam lá por muito tempo.

“A maioria dos participantes considerou que, se as informações recebidas confirmavam amplamente suas perspectivas econômicas, provavelmente seria apropriado que o FOMC desse mais um passo na remoção da acomodação das políticas”, diz a ata.

Essa avaliação do Federal Reserve trouxe um certo alívio para as Bolsas.

Investidores no mercado futuro de Fundos Federais avaliam que há mais de 90% de chance de um aumento da taxa de junho.

O mercado de ações teme uma possível aceleração da alta dos juros nos EUA porque isso é negativo para a renda variável.

Em maio o Federal Reserve decidiu manter a taxa de juros do país no patamar entre 1,5% e 1,75%.