Atualizado às 12h02min
O Ibovespa operava em queda nesta quarta-feira, 23. No horário acima caía -1,76% aos 81 mil 302 pontos. Os investidores adotam uma postura de cautela ante a divulgação da Ata do Federal Reserve sobre os juros americanos. No radar também está a crise cambial na Turquia. Analistas avaliam que esse tipo de crise pode se espalhar a outras economias como África do Sul, México, Indonésia com o dólar aumentando.
O destaque negativo eram os papéis da Eletrobras (ELET3, ELET6) que desabavam mais de 10%.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou ontem que a medida provisória (MP) que trata da privatização das seis distribuidoras de energia da Eletrobras, localizadas no Norte e Nordeste do país, e de diversas mudanças no setor elétrico não será votada pelo Congresso.
Além disso, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, admitiu que a empresa pode continuar à frente das seis distribuidoras de energia que administra além do prazo de 31 de julho que havia sido definido em assembleia pelos seus acionistas.
Os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) tinham queda de mais de 2%. A queda aumentou com a divulgação de um inesperado aumento nos estoques de petróleo dos EUA na última semana.
No lado positivo, os papéis da Marfrig (MRFG3) saltavam 7% depois de a companhia anunciar que a venda da Keystone avançou para uma nova fase.
Os papéis da Vale (VALE3) caíam mais de 1% com os contratos futuros do minério de ferro em Dalina, na China, em baixa.
A divulgação da ata do Fomc (Comitê que decide os juros nos Estados Unidos) ocorre nesta quarta-feira, 23, às 15h.
A expectativa é que o documento traga mais detalhes sobre se haverá três ou quatro aumentos na taxa de juros americana.
O mercado de ações teme uma possível aceleração da alta dos juros nos EUA porque isso é negativo para as Bolsas.
Em maio o Federal Reserve decidiu manter a taxa de juros do país no patamar entre 1,5% e 1,75%.
Em comunicado no começo de maio o Banco Central americano afirmou que o mercado de trabalho continua se fortalecendo e que a atividade econômica sobe a uma taxa moderada.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,14% em maio, 0,07 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de abril (0,21%). Essa foi a menor taxa para um mês de maio desde o ano 2000, quando o índice registrou 0,09%. O IPCA-15 acumulado no ano ficou em 1,23%, menor nível para o período janeiro-maio desde a implantação do Plano Real. O acumulado dos últimos doze meses foi de 2,70%, ficando abaixo dos 2,80% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
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