Atualizado às 10h50min
O Ibovespa tinha alta nesta segunda-feira, 14. No horário acima subia +0,98% aos 86 mil 052 pontos.
O destaque de alta eram as siderúrgicas que subiam com a alta de mais de 2% nos contratos futuros do minério de ferro na China. CSN( CSNA3) se valorizava mais de 3%.
A Vale (VALE3) tinha alta de 1,7%.
Os papéis da Petrobras (PETR3, PETR4) também estavam entre as maiores altas com o petróleo se valorizando. Além disso, a estatal divulgou nesta segunda-feira que vai migrar para o nível 2 da B3.
O mercado também repercute a notícia do blog do jornalista Lauro Jardim de que a Petrobras entrou na Justiça contra oito grandes bancos — entre eles, Bradesco, Itaú BBA, Santander, BTG e Citibank. Essas instituições estão sendo investigadas pelo Cade por formação de cartel de câmbio no mercado brasileiro. Segundo do blog, a estatal argumenta na ação que “participa ativamente” deste mercado, assinalando que apenas em 2017 movimentou o equivalente a R$ 168 bilhões.
O destaque negativo era a Energias do Brasil (ENBR3), que desabava –10%. A companhia chinesa CTG lançou uma Oferta Pública de Aquisição pela portuguesa EDP na última sexta-feira. Como havia uma expectativa de uma OPA para a Energias do Brasil, subsidiária da EDP de Portugal, os papeis subiram forte. Mas a CTG não está obrigada a fazer uma OPA da companhia brasileira.
O dólar caía 0,1% cotado em R$ 3,60. O Banco Central (BC) faz a partir de hoje, 14, ajustes no leilão para rolagem integral dos contratos com vencimento em 1º de junho. A medida reafirma a intenção do banco de atuar na renovação dos contratos de venda de dólares no mercado futuro para segurar a alta da moeda.
No início do mês, o BC já havia informado que atuará no câmbio pelo quarto mês consecutivo, com a oferta de contratos de swap cambial, que equivalem à venda futura de dólares. Na sexta a moeda norte-americana fechou em R$ 3,6011, o maior valor em quase dois anos.
Para esta semana: Selic no radar
O grande destaque na semana é a reunião do Comitê de Política Monetária que vai decidir sobre a Selic. A divulgação do resultado do encontro é na quarta-feira, às 18h30min.
Boa parte do mercado ainda espera um corte de 0,25% ponto percentual na taxa Selic, que derrubaria os juros básicos para 6,25%, embora essa expectativa tenha perdido um pouco de força diante da persistente alta do dólar e das incertezas no exterior.
Em março, o Copom reduziu a Selic pela décima segunda vez seguida, de 6,75% ao ano para 6,5% ao ano, o menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986.
Também na quarta, às 8h30min, será apresentado pelo Banco Central o IBC-Br, indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto.
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