O país fechou os quatro primeiros meses do ano com um saldo de 336.855 empregos criados. O mês de abril fechou com 115.898 postos de trabalho a mais do que em março. Esse é o melhor resultado para abril desde 2013, quando foram criadas 196.913 vagas.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apresentado hoje (18) pelo Ministério do Trabalho, ao longo de abril foram registradas 1.305.225 admissões e 1.189.237 desligamentos. O resultado foi comemorado pelo presidente Michel Temer, durante evento em São Paulo.
Na comparação dos últimos 12 meses (ente maio de 2017 e abril de 2018), o saldo na geração de emprego formal (com carteira assinada) também é positivo, com 283.118 postos de trabalho gerados no período, um aumento de 0,75%.
O resultado positivo de abril foi sentido em todos os oito setores econômicos analisados pelo Caged, que tiveram expansão de vagas. O melhor desempenho foi no setor de serviços, que abriu 64.237 empregos, 0,38% a mais do que em março, com destaque para comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviços técnicos, além de transportes, comunicações e serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação.
A segunda melhor performance foi sentia na indústria de transformação, que abriu 24.108 vagas, puxada pela indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários e perfumaria (8.763) e a indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (7.820 postos). Em seguida, vieram a construção Civil (14.394), comércio (9.287), agropecuária (1.591), administração pública (980), indústria extrativa mineral (720) e serviços industriais de utilidade pública (581).
As cinco regiões do país apresentaram saldo na geração de empregos em abril. O Sudeste abriu um total de 78.074 vagas, seguindo pelo Centro-Oeste, com 15.769, Sul, com 13.298, região Nordeste, com 4.447 e Norte, com 4.310. Das 27 unidades da federação, 22 também tiveram aumento de emprego no último mês.
O salário médio de admissão dos trabalhadores também subiu. O valor ficou em R$ 1.532,73 em abril, um aumento de 1,22% em relação a março. Houve aumento real de R$ 18,47.
O Caged também informou que houve 12.256 demissões realizadas mediante acordo entre empregador e empregado em abril, uma nova modalidade de desligamento prevista pela reforma trabalhista, que entrou em vigor no fim do ano passado.
Na modalidade de trabalho intermitente, ocorreram 4.523 admissões e 922 desligamentos, gerando saldo de 3.601 empregos, envolvendo 1.166 estabelecimentos. Nessa modalidade de contrato, o empregado fica à disposição do empregador e recebe apenas quando é convocado a trabalhar.
Foram registradas 5.762 admissões em regime de tempo parcial e 3.208 desligamentos, gerando saldo de 2.554 empregos, envolvendo 3.533 estabelecimentos. No trabalho parcial, o empregado pode assinar dois tipos de contrato: 30 hora semanais, sem possibilidade hora extra, ou 26 horas semanais, admitindo-se no máximo 6 horas extras por semana.
Informações da Agência Brasil
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