Minério de ferro em queda e petróleo em alta nesta terça
Bolsas, minério e petróleo (7h53min)
Japão (Nikkei 225): -0,18%
China (Shanghai Comp.): +0,02%
Londres (FTSE 100): +0,19%
Alemanha (DAX): +0,26%
Petróleo WTI (EUA): +0,17% (US$ 72,47)
Petróleo Brent: +0,35% (US$ 79,50)
Contratos futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China: -2,56% (456 iuanes/tonelada)
Ata do Copom: cenário externo “desafiador”
O Banco Central divulgou nesta terça a Ata do Comitê de Política Monetária, das reuniões dos dias 15 e 16 de maio.
O BC mencionou que o cenário externo está “desafiador” diante de uma possível alta dos juros americanos acima do previsto.
“No que tange à conjuntura internacional, os membros do Comitê ponderaram que o cenário se tornou mais desafiador. O risco de normalização mais acelerada nos níveis de taxas de juros em algumas economias avançadas produziu ajustes em preços de ativos e volatilidade nas condições financeiras no mercado internacional. O cenário básico contempla normalização gradual da política monetária nos países centrais, mas depende da trajetória prospectiva da inflação de preços e salários nessas economias”.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central anunciou na última quarta-feira a manutenção da taxa básica de juros da economia em 6,5% ao ano.
Com a decisão, o Copom colocou fim a um ciclo de 12 cortes consecutivos na Selic, que começou em outubro de 2016.
“Uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária. Esse risco se intensifica no caso de continuidade da reversão do cenário externo para economias emergentes. Esse último risco se intensificou desde o último Copom”, alertaram os integrantes do Comitê.
A projeção de inflação está “em torno de” 4% para 2018 e 2019 em um cenário de juro constante de 6,5% ao ano e câmbio constante de R$ 3,60 por dólar.
Petrobras e combustíveis no radar
Nesta terça, às 9h, ocorre uma reunião entre representantes da Petrobras e do governo federal. Na agenda, a alta dos combustíveis.
Segundo o blog do jornalista Valdo Cruz, o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, disse que não haverá interferência política na Petrobras para frear alta da gasolina e do diesel.
Já o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o governo federal buscará “um pouco mais de controle” para dar “previsibilidade” à alta dos combustíveis.
A Petrobras adota um novo formato na política de ajuste de preços desde 3 de julho do ano passado. Pela metodologia, os reajustes acontecem com maior frequência, inclusive diariamente.
Dólar
O dólar comercial encerrou o pregão da véspera em queda de 1,35%, cotado a R$ 3,689. O resultado ocorre após seis altas consecutivas da moeda americana frente ao real. Ao longo da semana passada, o dólar se valorizou 3,85% e chegou a valer mais de R$ 3,74 na sexta-feira.
O Mercado segue acompanhando para ver se a nova estratégia do Banco Central vai continuar dando certo. O BC reforçou a oferta de swap cambial, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, por meio do leilão de 15 mil novos contratos e a renovação (rolagem) dos contatos que vencem no dia 1º de junho.