Ibovespa fecha em queda nesta sexta
Atualizado às 17h16min
O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira. O índice caiu 0,46% aos 84 mil 820 pontos. Na semana teve baixa de 0,64%.
A queda do índice Bovespa ocorreu em meio a forte baixa das Bolsas americanas por causa das ameças de novas tarifas entre EUA e China. Também está no radar a situação de Lula, que até o horário acima ainda não havia definido se vai se entregar a polícia.
O mercado repercutiu também a saída de Henrique Meirelles da Fazenda para se candidatar nessas eleições.
A moeda norte-americana voltou a subir e fechou no maior nível em 11 meses. O dólar comercial encerrou esta sexta-feira vendido a R$ 3,368, com alta de R$ 0,026 (0,78%), no valor mais alto desde 18 de maio do ano passado (R$ 3,389).
Maiores altas do Ibovespa
Maiores quedas do Ibovespa
Nos EUA o índice Dow Jones, Nasdaq e o S&P 500 caíram mais de 2%.
Os papéis da Eletrobras (ELET3, ELET6) foram o destaque de baixa. Agências de notícias informaram que o secretário-executivo do ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, oficializou um pedido para deixar o cargo. A expectativa é que Pedrosa assumisse o ministério. Ele é visto como um dos principais articuladores no governo no processo de privatização da Eletrobras.
As ações da rede de farmácias RD (RADL3) caíram 3% com o Credit Suisse cortando o preço-alvo para os papéis de R$ 80 para R$ 68. A recomendação passou de outperform (acima do desempenho do mercado) para underperform (desempenho inferior).
Com relação aos bancos, destaque para as ações ordinárias do Bradesco (BBDC3). O grupo Mitsubishi UFJ Financial afirmou que vendeu cerca da metade da participação de 870 milhões de dólares no Bradesco. A queda das ações ordinárias foi de 0,7%.
Os investidores repercutiram também o relatório americano de emprego, o Payroll. Foram criados 103 mil empregos em março nos EUA, bem abaixo do esperado, que eram 185 mil. Esse indicador mede a variação do número de pessoas empregadas durante o último mês de todas as empresas não-agrícolas americanas e é levado em consideração pelo Banco Central (Federal Reserve) americano na formulação da política de juros.
A leitura do mercado é: menos empregos gerados, economia menos aquecida e, portanto, o Banco Central americano (Fed) não elevará os juros acima do esperado, o que é bom para as Bolsas.
EUA estudam US$ 100 bi em tarifas contra China
O que trouxe uma pressão negativa para as Bolsas foi o mais novo capítulo da disputa comercial entre os Estados Unidos e a China.
A Casa Branca anunciou que estuda impor US$ 100 bilhões em tarifas à China, adicionais aos US$ 50 bilhões já anunciados a centenas de produtos do gigante asiático. A China advertiu nesta sexta-feira que vai contra-atacar de forma contundente as medidas tarifárias.
Nesta sexta é feriado na China, por isso não foi possível medir os impactos dessa declaração. Os contratos futuros do minério de ferro Dalian seguem a cotação da última quarta-feira.