Ibovespa fecha em queda de 1,30% nesta sexta
Atualizado às 17h31min
O Ibovespa fechou em queda de -1,30% aos 84 mil 334 pontos nesta sexta-feira. Na semana o índice teve queda de 0,57%.
O dólar teve alta de 0,41% e fechou cotado em R$ 3,42 na venda.
As ações de empresas do setor bancário, que tem peso de cerca de 25% na carteira teórica do Ibovespa, tiveram queda e exerceram pressão negativa sobre o índice junto com Petrobras (PETR3, PETR4).
Destaque para mais um pregão de baixa dos papéis do Bradesco (BBDC4, BBDC3). As ações caíram mais de 2%. Segundo o jornal O Globo noticiou ontem, o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, estaria negociando um acordo de delação premiada que envolveria alguns dos principais clientes de sua empresa de consultoria. Entre esses clientes estariam, segundo o jornal, dois bancos. Um deles seria o Bradesco.
Os papéis da BRF (BRFS3) lideraram as perdas do Ibovespa. Segundo o jornal Estado de S. Paulo, um movimento da britânica Aberdeen, que possui 5% da BRF, enterrou de vez qualquer tentativa de acordo entre os principais acionistas da companhia sobre os nomes que irão compor o conselho de administração da empresa.
A gestora enviou à BRF pedido para que seja usado na eleição do novo colegiado, que ocorrerá no dia 26 de abril, o chamado “voto múltiplo”. Assim, os acionistas votarão individualmente nos nomes dos candidatos às vagas e não numa chapa única, como ocorrera nas últimas eleições para o conselho da BRF.
As ações das siderúrgicas abriram em alta mas durante o pregão recuaram. O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, se reuniu em Lima, na Cúpula das Américas, com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross. Nunes afirmou que a maneira mais rápida de o Brasil conseguir isenção permanente das tarifas sobre o aço brasileiro é concordar com restrição voluntária de exportações e estabelecimento de cotas.
Uma proposta parecida foi negociada pela Coreia do Sul.
Os papéis da Embraer (EMBR3) fecharam perto da estabilidade. A Embraer confirmou na noite de ontem que ela e a Boeing “ainda estão analisando possibilidades de viabilização de uma combinação de seus negócios, que poderão eventualmente incluir a criação de outras sociedades com participação conjunta na área de aviação comercial, deixando por outro lado separadas as demais atividades notadamente aquelas vinculadas à área de defesa e, possivelmente, também a área de aviação executiva, que permaneceriam exclusivamente com a Embraer”.