Coronel Lima fica em silêncio e tem depoimento adiado

30 de março de 2018 Por Redação

O advogado Cristiano Benzota, que defende o coronel da reserva João Batista Lima, preso ontem (29) na capital paulista durante a Operação Skala, informou que Lima não prestou o depoimento que estava previsto para a tarde de hoje (30) devido a problemas de saúde.

“Em decorrência do quadro de saúde que ele mantém, e da própria circunstância de estar aqui hoje acautelado, ele não revelou condições psicológicas e físicas de prestar seu depoimento”, afirmou.

Lima chegou à sede da PF na quinta-feira à noite depois de passar mal no momento em que foi preso e precisou ser levado para o hospital. O ex-coronel tem 74 anos, já sofreu dois AVCs, um câncer e retirou um rim em dezembro do no passado, além de precisar tomar medicamentos.

Segundo o advogado, Lima preferiu reservar-se ao direito de ficar em silêncio e negou todas as acusações que são feitas contra ele. “Ele assumiu o compromisso de prestar depoimento em data futura a ser agendada com a Polícia Federal.

Benzota esclareceu ainda que a defesa só teve a oportunidade de conversar com o ex-coronel no início da tarde de hoje. “Porque ontem ele ficou hospitalizado e durante a manhã essa oportunidade não nos foi concedida”, disse.

A PF tenta ouvir Lima desde junho de 2017 , mas o ex-coronel apresenta atestados de saúde em resposta às intimações. Lima foi convocado depois das delações de executivos da J&F. De acordo com Benzota, Lima deve continuar detido na sede da Polícia Federal.

Temer se reuniu com advogado

O presidente Michel Temer se reuniu hoje (30) com o advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira no Palácio da Alvorada. O subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil e ministro dos Direitos Humanos, Gustavo do Vale Rocha, também esteve no Palácio do Alvorada.

Da agenda não constam compromissos oficiais. Temer passaria o feriado em São Paulo, mas decidiu ficar em Brasília.

Ontem (29), a Polícia Federal prendeu, em caráter temporário, o advogado José Yunes, ex-assessor da Presidência da República.

As medidas foram determinadas pelo ministro Luis Roberto Barroso, relator do chamado Inquérito dos Portos, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Além de Yunes, foram presos o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Wagner Rossi, e o presidente do Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco.

A empresária Celina Torrealba, uma das proprietárias do Grupo Libra, que também atua no ramo portuário, foi detida em seu apartamento, no Rio de Janeiro.

O inquérito apura o suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A por meio da edição do chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017), assinado por Temer em maio do ano passado.

Informações da Agência Brasil