Mercado de olho em possível nova guerra comercial

2 de março de 2018 Por Redação

CSN

 

O mercado repercute nesta sexta-feira os temores de uma possível nova guerra comercial.

Esse tema já deixou os mercados nervosos na véspera. Os principais índices americanos tiveram quedas expressivas de mais de 1% na quinta.

Nas primeiras horas de pregão, as principais bolsas da Ásia fecharam em queda (confira abaixo).

O presidente americano, Donald Trump, informou que serão adotadas taxas de 25% para importação de aço e de 10% para alumínio sob o argumento de que as tarifas vão proteger os setores de siderurgia e alumínio dos Estados Unidos, que estariam sofrendo competição desleal de outros países.

Os principais fornecedores desses produtos para os EUA em 2017 foram Canadá, seguido pelo Brasil, Coréia do Sul, México e Rússia.

No Brasil o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou nota afirmando que o governo brasileiro recebeu “com enorme preocupação” a informação.

Segundo o jornal O Globo, o Governo brasileiro não descarta recorrer à OMC contra decisão dos EUA de sobretaxar o aço.

A informação de que os Estados Unidos vão impor tarifas sobre a importação de aço e alumínio na próxima semana mexeu com as ações das siderúrgicas.

Os papéis da Usiminas (USIM5) e da CSN (CSNA3) caíram mais de 4% na quinta.

Já para os papéis da Gerdau, empresa que produz também no mercado americano, a medida foi considerada benéfica. As ações preferenciais da siderúrgica (GGBR4) subiram 3,1%.

Futuros nos EUA em queda

Os principais índices futuros americanos (Dow Jones, Nasdaq e S&P 500 futuros) operavam em queda nesta manhã.

Bolsas, petróleo (7h52min)

Japão (Nikkei 225): -2,50%

China (Shanghai Comp.): -0,59%

Londres (FTSE 100): -0,68%

Alemanha (DAX): -1,97%

Petróleo WTI (EUA): -0,34% (US$ 60,77)

Petróleo Brent: -0,27% (US$ 63,66)

IPC-Fipe registra primeira deflação mensal desde julho

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo caiu 0,42% por cento em fevereiro e encerrou com deflação. É a primeira vez desde julho que isso ocorre. O dado foi divulgado nesta sexta pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Em janeiro, o indicador havia subido 0,46%.