Ibovespa fecha em alta nesta sexta. Na semana sobe 0,71%

Atualizado às 18h30min

O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, 9, de +1,63% aos 86 mil 371 pontos. Na semana o índice subiu 0,71%.

O Ibovespa ganhou força ainda pela manhã após a divulgação do Payroll, o relatório de emprego nos EUA. O ganho médio salarial veio abaixo do esperado por analistas. A leitura que eles fazem é que, com a pressão salarial sobre a inflação menor, há menos chances de o Banco Central americano aumentar o ritmo de elevação dos juros.

A Itaúsa (ITSA4) afirmou que concedeu exclusividade de negociações para possível venda do controle da Elekeiroz. Os papéis da holding do Itaú tiveram alta de 0,88%.

As siderúrgicas abriram em queda, mas reduziram as perdas e viraram para alta. A CSN (CSNA3) subiu +3,9%.

Na véspera o presidente Donald Trump assinou o aumento da tarifa de importação do aço em 25% e de 10% para o alumínio. As tarifas entrarão em vigor em 15 dias.

A decisão de Trump derrubou o preço do minério de ferro, principal produto da Vale (VALE3). Os contratos futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, caíram -5,2% (483,5 iuanes). Os papéis da Vale abriram em queda mas se recuperaram e fecharam em alta de +1,54%.

A MRV (MRV3) ficou entre os maiores ganhos do Ibovespa (+3,99%) depois de divulgar que teve lucro líquido 27,1% maior no 4T17.

Maiores altas do Ibovespa

Maiores quedas do Ibovespa

IPCA fica em 0,32% em fevereiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro variou 0,32%, superando em 0,03 ponto percentual (p.p.) o resultado de janeiro (0,29%). Este foi o IPCA mais baixo para os meses de fevereiro desde o ano 2000, quando se situou em 0,13%. O acumulado nos dois primeiros meses do ano está em 0,61%, menor percentual para o período desde a implantação do Plano Real em 1994. Em 2017, o acumulado no primeiro bimestre havia sido 0,71%. O acumulado dos últimos doze meses ficou em 2,84% e foi o menor para um mês de fevereiro desde 1999 (2,24%). Em fevereiro de 2017, o IPCA havia sido 0,33%.

Venda de ações da Eletrobras deve sair até dezembro, diz Dyogo Oliveira em NY

O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, disse que a oferta pública de capital da Eletrobrás (ELET3, ELET6) deve acontecer até dezembro. A afirmação foi feita durante o evento Oportunidades de Investimento no Brasil, em Nova York.

“As discussões estão evoluindo muito rápido, provavelmente na semana que vem vamos ter a instalação da comissão para discutir a lei e o ato final é esperado para acontecer em dezembro, é quando o IPO [da sigla em inglês para Oferta Pública de Capital] vai ser lançado no mercado”, disse o ministro ao se referir às discussões sobre a privatização da Eletrobras no Congresso.

Na última terça-feira (6), o Congresso Nacional instalou a comissão mista destinada a analisar a medida provisória que retira da legislação atual a proibição de privatizar a estatal e suas subsidiárias. A MP foi editada no fim do ano passado pelo presidente Michel Temer e trata de alterações no setor elétrico, como a expansão da oferta e a universalização dos serviços de energia elétrica.

A proposta revoga artigo da Lei 10.848/2004, que trata da comercialização de energia, que excluía a Eletrobras e suas controladas – Furnas, Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), Eletronorte, Eletrosul e a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) – do Programa Nacional de Desestatização.

Essa é a terceira medida provisória editada pelo presidente Temer para abrir caminho para a venda da Eletrobras. “O intuito da revogação é permitir, com plena segurança, que sejam contratados e iniciados os estudos da situação econômica e financeira da Eletrobras, garantindo substancial ganho no cronograma da operação, com vistas a concluí-la no ano de 2018”, argumentou o governo quando editou a MP.

Anatel rejeita recursos da Telefônica

A Agência Nacional de Telecomunicações rejeitou nesta quinta-feira recursos apresentados pela Telefônica Brasil (VIVT4) e manteve multas contra a empresa que somam cerca de R$ 370 milhões. Com a rejeição, a Telefônica agora só pode recorrer dessas multas na Justiça.