Tesouro direto: o que você precisa saber
Você sabia que pode investir em títulos públicos com uma quantia de 30 reais? Sabia também que essa forma de investimento pode lhe proteger da inflação?
Esses papéis da dívida do governo podem ser negociados pelo Tesouro Direto, plataforma criada em janeiro de 2002 que permite a compra títulos públicos pela Internet, desde que a pessoa esteja registrada em um banco ou corretora de valores.
Mas antes de investir é importante saber bem a diferença entre eles e qual se adequa melhor a seu perfil de risco.
É importante ressaltar que essa modalidade de investimento é conservadora e de longo prazo. O investidor tem de ter clareza de que não vai precisar no curto prazo do dinheiro que será aplicado, sob risco de ter de se desfazer do título antes do vencimento e, nesse caso, ter perdas, já que o valor do título sofre variação até a data de vencimento.
Os diferentes títulos
O “Tesouro Prefixado” (antigamente chamado de LTN – Letra do Tesouro Nacional) tem a rentabilidade definida no momento da compra. É ideal quando a taxa de juros está alta e existe tendência de estabilidade ou de queda.
O “Tesouro Selic” (antes conhecida por LFT – Letra Financeira do Tesouro) tem a rentabilidade pós-fixada, o que significa dizer que o investidor que opta por esse título só saberá o valor de seu rendimento na data de vencimento. É ideal para quem acredita na elevação da taxa Selic.
O “Tesouro IPCA + com Juros Semestrais” (antiga NTN-B – Nota do Tesouro Nacional série B) é pós-fixado e indexado ao IPCA (índice de inflação). Pós-fixado significa que a rentabilidade final só será conhecida quando o investidor regatar o título.
Quem aplica nesse papel recebe semestralmente a rentabilidade, o que permite ao investidor ter dinheiro dos juros a cada seis meses. É ideal quando o investidor espera aumento dos preços.
Existe também o “Tesouro IPCA +” (antiga NTN-B Principal). Esse título permite um ganho real (uma taxa de juro negociada na hora da compra) e protege o investidor da elevação da inflação (o título repõe a perda com a inflação). É indicado para quem deseja poupar para a aposentadoria, compra de casa e estudo dos filhos, dentre outros objetivos de longo prazo.
Há ainda o “Tesouro Prefixado com Juros Semestrais” (antiga NTN-F – Nota do Tesouro Nacional série F). Possui rentabilidade pré-fixada e quem aplica nessa nota recebe semestralmente o rendimento, o que possibilita aumento de liquidez e oportunidade de reinvestimento. Esse título também é indicado para os que acreditam que a taxa básica de juros vai cair.
Quais os riscos?
Os títulos são investimentos de baixo risco, pois o governo é o credor. Mas, se o investidor vender seus títulos antes da data de vencimento, o ganho ou a perda estará sujeito ao valor de mercado do título naquele momento. Portanto, para garantir a rentabilidade acordada na compra, o melhor é só fazer o resgate no vencimento por mais que isso demore anos.
É importante também ficar atento se o título público é pós ou pré-fixado. Ambos variam de acordo com o período e o tempo em que o investidor precisará resgatar o dinheiro.
Como são indexados a algum índice, os títulos pós-fixados se favorecem em um momento de alta dos juros. Já os pré-fixados podem garantir o rendimento em um momento de queda de juros.
Taxas a pagar
As operações com títulos públicos estão sujeitas ao pagamento de taxas: a de corretagem, paga por cada operação de compra e venda, e a taxa de custódia. Muitas corretoras não cobram mais a taxa de custódia.
Os títulos públicos sofrem a cobrança também de imposto de renda. A alíquota mínima é de 15% sobre o lucro da operação para aplicações com mais de dois anos.
Vale a pena conferir o site do Tesouro Direto para conhecer melhor essa modalidade de investimento e consulte um profissional especializado para tirar as dúvidas antes de fazer a aplicação.