Publicado às 20h56min
A Petrobras prestou esclarecimentos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após a notícia veiculada pelo jornal Valor Econômico de que se o preço do barril de petróleo Brent se mantiver próximo aos US$ 70, como tem marcado recentemente, a relação entre dívida líquida e EBITDA da petroleira deve chegar a 2 vezes no fim deste ano, ante meta formal de 2,5 vezes.
A estatal afirmou na noite desta quinta, 1° de fevereiro, que na divulgação do Plano de Negócios e Gestão 2018 – 2022, apresentou uma análise de sensibilidade do indicador de alavancagem financeira (dívida líquida/Ebitda) ao preço do petróleo.
“Essa sensibilidade é feita para avaliar a situação financeira da Petrobras em diferentes cenários de preço do petróleo e prevê que, caso o preço do petróleo do tipo Brent seja de US$ 53/barril (premissa utilizada pela companhia para o ano de 2018 em seu planejamento), o índice de alavancagem da Petrobras chegará ao final do ano em 3,3”, explicou.
A Petrobras destacou também que o mesmo estudo indicou que com o petróleo a US$ 62,4/barril (média dos valores mensais dos contratos futuros de Brent para 2018), a previsão é chegar ao final do ano cumprindo a meta de desalavancagem da companhia, de 2,5. E se o preço do petróleo ficar em US$ 70/barril, o indicador de alavancagem superará a meta, alcançando 2,0 ainda em 2018.
A Petrobras concluiu nesta quinta, 1° de fevereiro, através da sua subsidiária integral Petrobras Global Finance, a oferta de títulos no mercado de capitais internacional (Global Notes), no valor de US$ 2 bilhões e vencimento em 2029.
“A demanda alcançou 5 vezes o valor da oferta, com mais de 300 ordens enviadas por investidores dos Estados Unidos, Europa, Ásia e América Latina”, comemorou a petroleira.
A PGF afirmou que vai usar os recursos líquidos da venda dos títulos para a liquidação voluntária antecipada dos seguintes títulos: 3,000% Global Notes, em dólares, com vencimento em janeiro de 2019; 7,875% Global Notes, em dólares, com vencimento em março de 2019; 3,250% Global Notes, em euros, com vencimento em abril de 2019.
“A Petrobras continuará avaliando oportunidades de mercado visando o alongamento e redução de custo da sua dívida de acordo com a meta de desalavancagem prevista em seu Plano de Negócios e Gestão 2018-2022”, destacou a empresa.
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