O manejo de risco é seu aliado
O que é o que é: extremamente importante para operar no curto prazo na Bolsa, evita fortes perdas em seu capital e poucas, bem poucas pessoas, chegam à renda variável sabendo que ele existe? A resposta é: o manejo de risco.
Em que consiste o manejo de risco
Gerenciar o risco na renda variável é algo que todas as pessoas que aplicam em ações deveriam saber antes de começar a operar. O tema é amplo e aqui nesse texto vamos nos focar em explicar o conjunto de procedimentos adotados pela maior parte dos ‘traders’ (quem opera no curto prazo), já que um adequado controle do risco varia do quanto tem aplicado na Bolsa e do perfil de cada pessoa.
As regras podem mudar um pouco, mas os modelos de manejo de risco dos ‘traders’, em geral, são constituídos por controle das perdas e diversificação da carteira.
Clique aqui nesse link e assista a um vídeo que vai ajudar você a entender na prática o que estamos falando.
Controle as perdas
Após decidir que você vai fazer uma operação para o curto prazo (alguns dias ou semanas), é importante que defina quanto você aceita perder. Geralmente os traders não aceitam perder mais que 5%.
Essa medida é importante porque ao comprar um papel saberá onde vai ficar o famoso ‘stop loss’ ou simplesmente ‘stop’. É uma ordem que você programa no Home Broker. Mesmo que não esteja on-line, se o papel que comprou cair 5% e a ordem ‘stop loss’ for de 5%, por exemplo, o software irá automaticamente vender esse ativo para você. É uma proteção caso o papel desabe.
Existem algumas regras muito específicas sobre uso adequado do ‘stop loss’. Uma delas é que se o papel cair muito forte pode ser que seu ‘stop’ não seja acionado. Por isso pergunte a seu agente de investimento como funciona. Questione muito e esclareça todas as suas dúvidas para evitar qualquer imprevisto.
Crítica ao ‘stop loss’
Muita gente não gosta de operar com ‘stop loss’ porque se o papel estiver excessivamente volátil, o risco de você sair da operação é grande, afinal o preço de alguns ativos varia muito durante um pregão ou dentro de um período de alguns dias. Tanto que é comum o papel cair, o ‘stop loss’ ser acionado (automaticamente você está fora da operação), e horas ou dias depois a ação se recuperar e subir forte.
É importante também ressaltar que o ‘stop loss’ quando acionado gera corretagem para a corretora de valores, afinal é uma ordem de venda.
Vantagem do ‘stop loss’
Mesmo sabendo do ‘porém’ acima, o fato é que os ‘traders’ usam essa medida de proteção, pois se está posicionado em um papel e o ativo cai mais 5%, o stop (se for de 5%, por exemplo) irá impedir que tenha perdas maiores que esse percentual em seu capital.
Para quem faz muitas operações de curto prazo (especulativas) é uma forma de gerenciamento de risco.
Para aprender a identificar onde vai ficar seu ‘stop loss’ a análise gráfica (também conhecida como análise técnica) irá lhe ajudar. Par isso um curso, mesmo que rápido, é importante.
Evitar comprar apenas uma ação, faça carteira
Você já deve ter ouvido aquela frase: ‘nunca coloque todos os ovos em uma mesma cesta’. Esse ditado é muito válido para o mercado acionário. Ele pode ser colocado no contexto da diversificação do risco. Se você tem 50 mil reais para aplicar na Bolsa e usa essa quantia inteira para comprar apenas ações de uma empresa, está se expondo mais ao risco.
Se você usa os 50 mil reais para comprar quatro ou cinco ações de diferentes empresas (de setores distintos), estará reduzindo o risco.
Por isso é importante fazer uma carteira de ativos, com diferentes papéis, de diferentes setores. Se um cai, o outro poderá subir e compensar as perdas.
Mas antes de fazer a carteira, estude os ativos e veja se realmente vale a pena operá-los.
Comprar aos lotes
Os traders mais experientes usam uma estratégia que também é uma medida contra o risco: costumam fazer compras (ou vendas, caso apostem que o papel vai cair) aos poucos.
Por exemplo: um determinado ativo está custando R$ 10. O trader avaliou, após estudar o gráfico do papel, que está bom para comprar quando o ativo ultrapassar a barreira dos R$ 10,20. Se o papel chegar nesses R$ 10,20 ele vai comprar alguns lotes. Se continuar subindo e romper outra faixa de preço, ele irá comprar mais alguns lotes, após a análise gráfica mostrar que existe probabilidade de continuar a alta.
Essa estratégia também visa reduzir as perdas (caso o papel comece a cair), principalmente em operações com ativos de empresas mais arriscadas ou cujo estudo por meio da análise gráfica, sugere cautela.
Ter um ‘capital de risco’
Para muita gente que compra e vende ações no curto prazo exista uma regra fundamental: reservar uma quantia bem pequena de seu capital total para comprar ações de alto risco. Esses papéis têm pouca liquidez e geralmente são de empresas em situação crítica, que valem em torno de R$ 1 real ou menos na Bolsa. As chamas ‘Penny Stocks’ (ações que valem centavos) também integram esse grupo. Traders experientes sabem que as chances de perder dinheiro ao comprar esse tipo de papel é grande, portanto usam o ‘capital de risco’ para operar. É uma quantia tão pequena que, caso percam tudo, não irá doer no Bolso.
É um equívoco quando pessoas inexperientes na Bolsa aportam uma quantia significativa de seu capital total em ações de alto risco. Muitos perdem tanto dinheiro que, não raro, não conseguem mais recuperá-lo na Bolsa.
Evitar colocar todo seu dinheiro em ações
Outra regra importante para quem está começando é evitar colocar todo o capital que você tem na Bolsa de Valores. Especialistas observam: o mais adequado é investir em ações um percentual pequeno do seu capital financeiro. A medida que aumentar seu conhecimento sobre os riscos associados à renda variável poderá aumentar esse percentual.
Existem várias outras medidas a serem tomadas para proteger o capital e gerenciar o risco. Mas com essas acima você já terá uma noção de como é feito isso. O importante também é ter disciplina para colocá-las em práticas.
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