Petrobras vende para Statoil campo de Roncador por US$ 2,9 bi

18 de dezembro de 2017 Por Redação

Publicado às 8h53min

A Petrobras informou nesta segunda, 18, que assinou com a empresa norueguesa Statoil, os contratos relacionados aos ativos da parceria estratégica, em continuidade ao Acordo Preliminar firmado em setembro.

Um dos contratos prevê a cessão de 25% da participação da Petrobras no campo de Roncador para a Statoil, pelo valor total de US$ 2,9 bilhões, sendo US$ 2,35 bilhões no fechamento da operação e US$ 550 milhões em pagamentos contingentes relacionados aos investimentos dos projetos que visam o aumento do fator de recuperação do campo.

“Dessa forma, os investimentos futuros neste campo serão realizados na proporção 2:1, com a Statoil assumindo 25% adicionais, limitados a US$ 550 milhões, além da sua participação adquirida. A Petrobras continuará como operadora do campo, com a participação de 75%”.

O campo de Roncador, localizado na área norte da Bacia de Campos, a cerca de 125 km do Cabo de São Tomé, em lâmina d’água que varia de 1.500 a 1.900 metros, foi descoberto em outubro de 1996, com a perfuração do poço 1-RJS-436A. Possui uma área de aproximadamente 400 km², tendo sido instaladas quatro unidades de produção: P-52, P-54, P-55 e P-62. A produção média deste campo, em novembro, foi de aproximadamente 240 mil barris de óleo por dia e 40 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia de gás associado.

Outros contratos estabelecem acordo estratégico de cooperação técnica visando a maximização do valor do ativo e com foco em aumentar o volume recuperável de petróleo (fator de recuperação), incluindo a extensão da vida útil do campo e Gas Term Sheet – opção para a Statoil contratar uma determinada capacidade de processamento de gás natural no terminal de Cabiúnas (TECAB) para o desenvolvimento da área do BM-C-33, onde as companhias já são parceiras, sendo a Statoil a operadora da área.

A operação ainda está sujeita ao cumprimento de todas as condições precedentes previstas incluindo a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

“A parceria estratégica com a Statoil está fundamentada num alinhamento de interesses estratégicos das duas companhias e no potencial de geração de valor para as partes, em função de seus conhecimentos e experiências nos segmentos de exploração e produção em águas profundas e de gás natural”, afirmou a Petrobras.

Atualmente a Petrobras e a Statoil são parceiras em 13 áreas, em fase de exploração ou de produção, sendo que 10 estão localizadas no Brasil e 3 no exterior.

Venda da PetroquímicaSuape

A Petrobras informou nesta segunda, 18, que com relação à análise da venda da Companhia Petroquímica de Pernambuco (PetroquímicaSuape) e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe), subsidiárias integrais da Petrobras, para a empresa Alpek, a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) concluiu o parecer sobre a operação, recomendando ao Tribunal do Cade a sua aprovação, condicionada à celebração de Acordo em Controle de Concentrações.

“A recomendação da Superintendência-Geral será submetida ao Tribunal do Cade, que emitirá a decisão final da operação. Além da aprovação pelo Cade, a conclusão da transação ainda está sujeita ao cumprimento de outras condições precedentes usuais”, informou a estatal.