Atualizado às 9h11min
O Ibovespa futuro (INDZ17 – com vencimento para 13 de dezembro) abriu em queda. No horário acima caía 0,38% aos 72 mil 710 pontos.
Embora considerado um indicador de como poderá se comportar o mercado, esse índice nem sempre antecipa as informações que vão condicionar o pregão a partir das 10h.
Com relação às commodities, o preço do barro de petróleo WTI (EUA) tinha alta e o Brent também operava no positivo. Já os contratos futuros do minério de ferro na Bolsa de Dalian, na China, caíram 0,98% (503,5 iuanes).
O radar do mercado está apontado para Brasília e as negociações em torno da reforma da Previdência. A medida que o prazo para conseguir votos está se reduzindo a expectativa aumenta.
A data marcada para votação é dia 18 de dezembro e o Planalto se mobiliza para conseguir os 308 votos necessários.
Segundo o blog do jornalista Valdo Cruz, do site G1, em mais um esforço para aprovar ainda este ano a reforma da Previdência na Câmara, o presidente Michel Temer se reúne, nesta terça-feira com lideranças empresariais. O grupo de empresários quer conversar com deputados para que a proposta seja votada logo.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia disse que não colocará em votação a proposta de reforma da Previdência, sem a garantia.
“Eu não vou pautar uma matéria dessa se a gente não tiver muita clareza de ter mais de 308 votos. Não é bom para o Parlamento, e muito menos para o Brasil, ter uma votação com resultado ruim. Até porque, se a expectativa for de derrota, o resultado será pior ainda daquele projetado antes da votação”, enfatizou.
Para Maia, o cenário não é favorável para que o texto seja votado ainda na próxima semana, antes do recesso parlamentar.
As discussões no plenário já começam nesta quinta-feira.
A Ata do Copom, divulgada nesta terça pelo Banco Central, indicou que pode haver novo corte de juro na próxima reunião em fevereiro. Mas o documento mostrou que o Comitê de Política Monetária vê risco de alta da inflação se houver ‘frustração’ com a reforma da Previdência.
A atual conjuntura inflacionária pode “ser interrompida por uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira”, afirmaram os integrantes do Comitê na Ata.
Na última reunião, na semana passada, o Comitê de Política Monetária reduziu a Selic em 0,5 ponto percentual para 7% ao ano. É o menor nível da história. Esse foi o décimo corte seguido na taxa básica.
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