Com a crise é cada vez mais comum ver desempregados recorreram à renda dos pais ou avós para equilibrarem o orçamento. E não são poucos os idosos que acabam se endividando e buscando empréstimos para se adequar a nova realidade. O que muitos se perguntam é o que fazer para não cair na armadilha do crédito fácil e depois correr o risco de ficar devendo uma quantia impagável no curto prazo.
Especialistas no assunto afirmam que os idosos precisam ter cautela, principalmente, com o crédito consignado, aquele cujas prestações são descontadas diretamente na folha de pagamento.
Embora essa linha de crédito seja, às vezes, atrativa por causa da facilidade de obtê-la e dos juros mais em conta, é fundamental que sejam analisadas com cuidado todas as cláusulas do contrato. Se tiver dúvidas, peça esclarecimentos a um profissional de sua confiança antes de assinar.
É importante também que a pessoa exija o demonstrativo do valor total do empréstimo, com todas as taxas, antes de solicitar o financiamento. Assim se pode ter uma ideia do impacto do juro no crédito ofertado.
Se não tiver alternativa e precisar recorrer ao consignado, pesquise antes qual instituição financeira oferece as taxas mais baixas.
Quem está na terceira idade ainda corre outro risco: existem pessoas que se aproveitam de idosos para obter vantagens financeiras. É importante ficar atento a isso. Nunca empreste seu nome para outras pessoas tomarem crédito. Se ela não pagar, quem fica com o nome sujo é você.
Evite também ser avalista ou dar fiança a terceiros quando os valores forem muito altos em relação a sua renda mensal. Lembre-se que é você que terá de arcar com o prejuízo caso a pessoa que solicitou a fiança fique inadimplente.
Em se tratando de finanças pessoais, a base de tudo é o planejamento. Sem ele fica difícil controlar os gastos e o risco de não conseguir pagar as dívidas aumenta. Para aposentados que precisam arcar com os gastos familiares, incluindo os de filhos e netos, é importante elaborar um orçamento doméstico e colocar na ponta do lápis seu rendimento líquido e depois subtrair todos os gastos. Assim o idoso poderá saber onde cortar eventuais despesas desnecessárias.
Com todas essas dicas, o fantasma do endividamento pode não desaparecer, mas certamente será afastado de sua vida financeira.
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