Eternit vai utilizar exclusivamente fibras sintéticas. Ações disparam
Atualizado às 13h53min
A Eternit (ETER3) anunciou em fato relevante na noite desta segunda-feira, 27, a decisão de substituir a utilização do amianto crisotila por fibras sintéticas, na produção de telhas de fibrocimento.
Segundo a empresa, a mudança será concluída até o mês de dezembro de 2018.
Por causa dessa decisão, os papéis da companhia saltavam 15% no horário acima, nesta terça-feira, 28.
“Em linha com o seu planejamento estratégico, a companhia já iniciou o redirecionamento do seu portfólio de produtos e negócios, em busca de uma melhor adequação às demandas do mercado e de um crescimento sustentável”, afirmou a empresa.
Segundo a Eternit, há uma tendência no mercado, percebida nos últimos anos, de os consumidores deixarem de adquirir produtos que contenham amianto, especialmente na construção civil. A mudança na demanda tem levado a Eternit a substituir, progressivamente, o amianto crisotila por matériasprimas alternativas, como a fibra sintética.
“A Eternit investiu, nos últimos anos, cerca de R$ 25 milhões na adaptação dos equipamentos e do processo de produção de suas unidades industriais, para que pudesse substituir progressivamente a fibra mineral pela fibra sintética de polipropileno. No final de 2015, concluiu o investimento de aproximadamente R$ 95 milhões na implantação de uma nova fábrica em Manaus para a produção da fibra de polipropileno, suficiente para abastecer todas as unidades fabris da companhia e ainda a demanda de terceiros, destacou no fato relevante.
Atualmente, as fábricas localizadas nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Colombo (PR), Simões Filho (BA), Goiânia e Anápolis (GO), utilizam em média 60% de fibra sintética de polipropileno e 40% de fibra mineral de amianto crisotila na fabricação de telhas. Até o final de 2018, o processo produtivo das telhas, utilizará 100% fibra sintética de polipropileno.
A produção de fibras de amianto crisotila pela Sama (mineradora controlada pela Eternit) continuará normalmente e vem sendo gradualmente direcionada para o mercado externo, atendendo clientes em outros países aonde o produto é permitido, tais como Alemanha, Estados Unidos, Índia, além de outros países.
O uso de amianto crisotila no Brasil tem levado a empresa a enfrentar processos na esfera judicial.
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