O presidente da Petrobras, Pedro Parente, explicou na tarde de hoje (27) que as ofertas elevadas dos consórcios com participação da estatal nos leilões do pré-sal buscavam garantir os contratos, em um cenário em que os concorrentes eram empresas de grande porte e que demonstravam interesse nos blocos.
“Esse é um processo em que você tem que ter duas informações fundamentais. A primeira é: qual é o máximo que você está disposto a pagar. E essa discussão leva em conta o resultado que se espera desse campo e um processo que tem uma governança e é aprovado pelo conselho da empresa”, disse Parente.
“A segunda informação relevante é o grau de competição nos leilões. O que observamos é que eram só grandes empresas globais e um alto grau de interesse. Nessa situação, não podíamos nos dar ao luxo de perder as oportunidades, razão pela qual fomos nos valores que estávamos autorizados a pagar”.
A Petrobras participa dos consórcios que arremataram três dos seis leilões que receberam propostas na segunda e na terceira rodadas de partilha da produção de petróleo e gás natural no pré-sal, realizadas hoje (27) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Na terceira rodada, a estatal participou do consórcio que arrematou o bloco de Peroba, na Bacia de Santos, com a CNODC e a BP Energy. O percentual de excedente em óleo oferecido para a União foi de 76,96%, contra 65,64% e 61,07% das outras propostas. O bloco teve o maior ágio da rodada, com a proposta 454,07% acima do mínimo exigido no edital.
No bloco de Alto de Cabo Frio Central, também na terceira rodada, a Petrobras e a BP Energy ofereceram um excedente de 75,86% – o percentual mínimo exigido era de 21,38%.
Na segunda rodada, o consórcio liderado pela Petrobras fez a maior oferta dos dois leilões pelo bloco do entorno de Sapinhoá: um excedente de óleo de 80%, que representou um ágio de 673,69% sobre o mínimo exigido pelo edital.
Parente explicou também por que a Petrobras não fez proposta pelo bloco Norte de Carcará, que exigia o maior bônus de assinatura e também o maior percentual mínimo de óleo excedente. Ele lembrou que a Petrobras venceu sua parte no campo há um ano e meio e não faria sentido mudar de posição agora e voltar a ele para a produção na camada pré-sal.
“Embora seja um campo de altíssima qualidade, tem características que não são parecidas com os demais blocos que temos no pré-sal”, afirmou, acrescentando que o bloco iria requerer investimentos de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões, além de equipamentos de um padrão diferente dos utilizados em outros campos. “É um campo que tem pressão muito elevada e um grau de CO2 [gás carbônico] muito elevado, o que nos levaria a ter que investir em equipamentos específicos.”
O presidente da Petrobras disse ainda que a empresa continuará a apostar na qualificação de seu portfólio nas próximas rodadas, marcadas para o ano que vem, estudando o retorno esperado e o risco de cada uma das áreas.
Informações da Agência Brasil
Publicado às 21h41 Eventos no radar do mercado nesta semana B3 não funciona…
Publicado às 17h34 Confira as companhias que pagam provento (dividendo ou JCP) e…
Publicado às 10h16 Notícias corporativas CFO da Gafisa (GFSA3) renuncia ao cargo Felipe…
Publicado às 23h20 Assista ao estudo do Ibovespa, Vale3, Petr4, B3sa3, Klbn11, Brav3…
Publicado às 19h09 Felipe Dantas Rocha Coelho renunciou aos cargos de diretor executivo financeiro…