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Ibovespa fecha em queda e perde os 76 mil pontos

Atualizado às 18h33min

O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira, 23. O índice caiu 1,28% aos 75 mil 413 pontos.

Analistas avaliam que entre os motivos da queda estão a provável Reforma da Previdência  menor do que a prevista inicialmente e a queda das Bolsas americanas. Os três principais índices americanos fecharam com desvalorização. Além disso, a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na quarta, 25, também deixa o mercado mais avesso ao risco.

O dólar comercial teve alta de 1,29% e fechou cotado em R$ 3,23.

Ações do setor financeiro, liderado pelos bancos grandes e com peso no Ibovespa, tiveram queda e ajudaram a pressionar negativamente o índice.

Estácio (ESTC3), Usiminas (USIM5) e Kroton (KROT3) estiveram entre as maiores quedas do Ibovespa.

Os papéis da Eletrobras (ELET3, ELET6) lideraram os ganhos no Ibovespa se valorizando mais de 3%.

Vale (VALE3) teve queda de 0,7% e os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) -0,12%.

Fora do Ibovespa destaque para Dommo (antiga OGX) que caiu mais de 5% após a empresa pedir a instauração de arbitragem contra Qgep e Barra Energia.

Já a Oi (OIBR4) desabou 7,3% depois de anunciar que a assembléia que seria realizada hoje foi transferida e também com a Anatel rejeitando uma proposta da empresa de trocar dívidas por investimentos.

Maiores altas do Ibovespa

Maiores quedas do Ibovespa

 

Rápidas

– O Banco do Brasil informou que divulgará o resultado referente ao 3º trimestre de 2017 no dia 09/11/2017, quinta-feira, antes da abertura do mercado.

– A Marfrig (MRFG3) vai reabrir cinco frigoríficos em diferentes regiões do país. A informação é do jornal Folha de S. Paulo. A empresa, que começou o ano com capacidade para abate de 170 mil cabeças por mês, terminará este com capacidade de abate de 300 mil cabeças/mês.

– A Marfrig informou ao mercado que, em continuidade ao comunicado ao mercado divulgado em 1º de outubro de 2015 e conforme Relatório Final de inquérito emitido pela Polícia Federal em relação à Operação Acrônimo, não houve qualquer acusação ou indiciamento imputada à companhia ou a qualquer de seus executivos.

– Segundo o jornal Estado de S. Paulo, mesmo sem vender ativos, a CSN (CSNA3) volta a negociar dívidas de R$ 10 bilhões com bancos. De acordo com a publicação, apesar de não ter cumprido acordo de se desfazer de ativos relevantes do grupo, o empresário Benjamin Steinbruch conseguiu dar início a nova rodada de negociação para alongar débitos que vencem até 2020, incluindo R$ 5,6 bilhões a serem pagos já no início do ano que vem.

Decisão do TRF desfavorável a Petrobras

A Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região proferiu decisão desfavorável à Petrobras, em julgamento ocorrido no dia 19 de outubro, ao entender que as remessas para pagamento de afretamento de plataformas petrolíferas móveis, no período de 1999 a 2002, estariam sujeitas ao imposto de renda retido na fonte (IRRF). A companhia irá recorrer para a defesa de seus direitos, quando intimada da decisão.

A discussão jurídica trata da legalidade de ato normativo da Receita Federal que garante alíquota zero para as referidas remessas. As informações referentes a este processo estão apresentadas nas demonstrações financeiras (ITR) do 2º trimestre de 2017, através da nota explicativa 29 (Processos judiciais e contingências – item 29.3 – processos de natureza fiscal). O presente processo, cujo débito atualizado é de cerca de R$ 8,8 bilhões, possui fundamento jurídico distinto das demais contingências listadas no mesmo item da nota explicativa, que também tratam de IRRF sobre afretamento, não havendo, portanto, qualquer impacto dessa decisão sobre os demais processos.

Leia também:

Dommo pede instauração de arbitragem contra Barra e QGEP

Estudo do Ibovespa, Vale3, Petr4, Csna3, Usim5 e outros papéis

Anatel rejeita pedido da Oi

Petrobras começa a fase ‘não vinculante’ da venda de participação na TAG

Petrobras, Gol, BRF e outros destaques do fim de semana

Semana decisiva para Temer

Na quarta-feira, 25, as atenções se voltam para a Câmara. Os deputados vão decidir se arquivam ou não a denúncia de corrupção contra o presidente Michel Temer. Para que a denúncia siga adiante é necessário o aval de 342 dos 513 deputados. A abertura da sessão está marcada para às 9h de quarta-feira. Temer é acusado pelos crimes de obstrução à Justiça e organização criminosa.

Copom na agenda

Também é destaque na agenda do mercado a reunião do Copom que vai definir a nova taxa Selic. Na última reunião em setembro o Banco Central baixou os juros básicos pela oitava vez seguida em 1 ponto percentual, de 9,25% ao ano para 8,25% ao ano.

Reforma da Previdência

Em entrevista ao blog do jornalista Valdo Cruz, no site G1, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que tão logo seja votada a denúncia contra o presidente Michel Temer, a equipe econômica quer destravar a votação da reforma da Previdência.

Meirelles admitiu uma reforma menor do que a prevista inicialmente com pelo menos quatro mudanças na Constituição: fixação de idade mínima para homens (65) e mulheres (62), regra de transição, tempo de contribuição e unificação dos sistemas de aposentadoria público e privado.

Internacional: Catalunha no radar

A crise entre o governo espanhol e os separatistas da Catalunha ganhou novos capítulos neste fim de semana e está no radar dos mercados europeus. Os líderes da região autônoma avaliam qual resposta vão dar ao governo espanhol até a próxima quinta-feira.

O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, anunciou no sábado que pedirá ao Senado a destituição do governo catalão de Carles Puigdemont e a convocação de eleições regionais. O objetivo é impedir a separação unilateral da Catalunha.

 

 

 

 

 

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Redação

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