Segundo o IBGE, frente a junho, produção industrial nacional cresce 0,8%, na série com ajuste sazonal, acumulando ganho de 3,4% no período.
Na série sem ajuste sazonal, no confronto com julho de 2016, a indústria cresceu 2,5%, após também registrar taxas positivas em maio (4,1%) e em junho (0,5%). O índice acumulado do ano teve alta de 0,8%. O acumulado nos últimos doze meses recuou 1,1%, mantendo a redução no ritmo de queda iniciada em junho de 2016 (-9,7%).
O crescimento da atividade industrial na passagem de junho para julho de 2017 alcançou todas as quatro grandes categorias econômicas e 14 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, a principal influência positiva foi registrada por produtos alimentícios (2,2%), em expansão pelo terceiro mês seguido e acumulando ganho de 8,7% nesse período. Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (5,9%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,8%) e de móveis (6,0%). Vale ressaltar que, com exceção da última atividade que avançou pelo quarto mês consecutivo e acumulou crescimento de 19,8% nesse período, as demais apontaram taxas negativas em junho último: -2,0%, -2,5% e -8,5%, respectivamente.
Entre os dez ramos que reduziram a produção nesse mês, os desempenhos de maior relevância para a média global foram assinalados por indústrias extrativas (-1,5%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-1,8%) e metalurgia (-2,1%), com o primeiro eliminando o ganho de 1,3% acumulado nos meses de maio e junho; o segundo devolvendo parte da expansão de 8,3% verificada entre os meses de abril e junho; e o último voltando a recuar após ficar estável no mês anterior (0,0%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis, ao avançar 2,7%, mostrou a expansão mais acentuada em julho de 2017 e eliminou parte do recuo de 5,6% observado em junho último. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (2,0%), de bens de capital (1,9%) e de bens intermediários (0,9%) também apontaram taxas positivas nesse mês, com o primeiro voltando a crescer após registrar variação negativa de 0,1% no mês anterior; o segundo assinalando o quarto resultado positivo consecutivo e acumulando nesse período ganho de 10,1%; e o terceiro avançando 3,6% nos últimos quatro meses de crescimento na produção.
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou acréscimo de 0,7% no trimestre encerrado em julho de 2017 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória ascendente iniciada em abril último. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de capital (2,5%) mostrou o avanço mais elevado nesse mês e permaneceu com o comportamento positivo iniciado em março de 2017. Os setores produtores de bens de consumo duráveis (1,0%), de bens de consumo semi e não-duráveis (1,0%) e de bens intermediários (0,5%) também registraram resultados positivos em julho de 2017, com o primeiro assinalando a quarta expansão consecutiva e acumulando nesse período ganho de 3,4%; o segundo intensificando o ritmo de crescimento frente ao verificado em junho último (0,1%); e o terceiro permanecendo com a trajetória ascendente iniciada em abril de 2017.
Na comparação com julho de 2016, o setor industrial assinalou expansão de 2,5% em julho de 2017, com resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 26 ramos, 50 dos 79 grupos e 54,0% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, produtos alimentícios (6,7%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (11,8%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria, impulsionadas, em grande parte, pelos itens açúcar cristal e VHP, sucos concentrados de laranja, sorvetes e picolés, na primeira; e automóveis, caminhão-trator, caminhões, veículos para transporte de mercadorias e autopeças, na segunda. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (23,8%), de máquinas e equipamentos (7,8%), de produtos do fumo (29,1%), de indústrias extrativas (1,2%) e de móveis (12,6%).
Entre as nove atividades que apontaram redução na produção, ainda em comparação com julho de 2016, as principais influências no total da indústria foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,6%), metalurgia (-3,8%), outros equipamentos de transporte (-14,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,0%) e produtos de minerais não-metálicos (-3,5%).
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de capital (8,7%) e bens de consumo duráveis (8,1%) assinalaram, em julho de 2017, os avanços mais acentuados entre as grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (4,2%) e de bens intermediários (0,6%) também mostraram taxas positivas no índice mensal desse mês, com o primeiro registrando expansão acima da média nacional (2,5%); e o segundo apontando o crescimento mais moderado entre as grandes categorias econômicas.
O setor produtor de bens de capital mostrou crescimento de 8,7% no índice mensal de julho de 2017, terceiro resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais elevado desde dezembro do ano passado (16,6%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelos avanços observados na maior parte dos seus grupamentos, com destaque para a expansão vinda de bens de capital para equipamentos de transporte (11,1%), impulsionado, principalmente, pela maior fabricação de caminhão-trator, caminhões e veículos para transporte de mercadorias. As demais taxas positivas foram registradas por bens de capital para uso misto (20,7%), para construção (35,2%), agrícola (13,0%) e para fins industriais (0,6%). Por outro lado, o único impacto negativo foi assinalado pelo grupamento de bens de capital para energia elétrica (-7,5%).
O segmento de bens de consumo duráveis mostrou avanço de 8,1% em julho de 2017, nona taxa positiva consecutiva e mais elevada do que a observada em junho último (5,2%). Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelo crescimento na fabricação de automóveis (9,0%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (19,7%). Vale citar também as expansões assinaladas pelos grupamentos de eletrodomésticos da “linha branca” (6,1%) e de móveis (11,4%). Por outro lado, motocicletas (-6,3%) e outros eletrodomésticos (-3,4%) apontaram os impactos negativos mais importantes.
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis apontou crescimento de 4,2% em julho de 2017, após registrar queda de 1,7% em junho último. O desempenho nesse mês foi explicado, em grande parte, pela expansão observada no grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (5,4%). Os subsetores de semiduráveis (6,0%), de carburantes (2,7%) e de não-duráveis (1,5%) também assinalaram resultados positivos nesse mês.
A produção de bens intermediários, ao crescer 0,6% no índice mensal de julho de 2017, apontou a terceira taxa positiva consecutiva, mas menos acentuada do que as verificadas em maio (3,0%) e junho (0,9%). O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de produtos alimentícios (6,4%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (6,8%), de máquinas e equipamentos (8,4%), de indústrias extrativas (1,2%), de produtos de borracha e de material plástico (2,6%), de celulose, papel e produtos de papel (3,3%) e de produtos têxteis (4,0%), enquanto as pressões negativas foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,0%), metalurgia (-3,8%), produtos de minerais não-metálicos (-3,6%), outros produtos químicos (-1,7%) e produtos de metal (-1,8%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados negativos assinalados pelos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-5,2%), que marcou o quadragésimo primeiro recuo consecutivo nesse tipo de comparação; e de embalagens (-0,9%), que permaneceu pelo quarto mês seguido com queda na produção.
No índice acumulado para janeiro-julho de 2017, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou acréscimo de 0,8%, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 13 dos 26 ramos, 40 dos 79 grupos e 51,4% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (11,6%) e indústrias extrativas (5,2%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (19,7%), de máquinas e equipamentos (3,1%), de metalurgia (2,5%), de produtos do fumo (17,7%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,9%).
Entre as treze atividades que apontaram redução na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,1%) assinalou a maior contribuição negativa no total da indústria, pressionada, em grande parte, pelos itens óleo diesel e álcool etílico. Vale destacar também os resultados negativos vindos de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,8%), de produtos de minerais não-metálicos (-4,8%), de outros equipamentos de transporte (-12,0%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,5%), de produtos alimentícios (-0,6%) e de impressão e reprodução de gravações (-12,3%).
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os sete primeiros meses de 2017 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (9,8%) e bens de capital (3,7%), impulsionadas, em grande parte, pela ampliação na fabricação de automóveis (15,9%) e eletrodomésticos (10,8%), na primeira; e de bens de capital agrícola (18,9%), para uso misto (13,5%) e para construção (25,5%), na segunda. Vale destacar, nos dois grandes grupamentos, a influência da baixa base de comparação, uma vez que no período janeiro-julho de 2016 esses segmentos apontaram recuos de 21,4% e de 17,7%, respectivamente. O setor produtor de bens intermediários (0,0%) repetiu o patamar registrado em igual período do ano anterior. Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,5%) assinalou a única taxa negativa no índice acumulado de 2017, pressionado, especialmente, pela redução na fabricação de produtos associados às atividades de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (medicamentos), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico) e de produtos alimentícios (sorvetes, picolés, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas e sucos concentrados de laranja).
Fonte: IBGE
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