MANCHETE 1

Delação da JBS foi a maior tragédia já ocorrida na PGR, diz Gilmar Mendes

Ministro Gilmar Mendes (José Cruz/Agência Brasil)

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes voltou a criticar hoje (5) o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por supostas falhas na condução das tratativas que levaram à assinatura do acordo de delação premiada de executivos da JBS.

Ao comentar a abertura do processo de revisão dos benefícios concedidos ao empresário Joesley Batista e a outros delatores, o ministro disse que a celebração do acordo foi “a maior tragédia que já ocorreu na PGR [Procuradoria-Geral da República] em todos os tempos”.

Em Paris, onde está em viagem oficial como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes considerou o acordo de delação como um desastre que foi mal conduzido desde o início”. Além disso, o ministro disse que a Corte pode ter errado por não ter “colocado limites aos delírios” de Janot.

“Eu tenho a impressão de que o procurador-geral tentou trazer o Supremo para auxiliá-lo nessa Operação Tabajara [mal feita, de má qualidade]. No fundo, uma coisa muito malsucedida, e ele [Janot] está tentando dividir a responsabilidade com o Supremo. O Supremo não tem nada com isso. O Supremo pode ter errado e não ter feito avaliações e, talvez, não ter colocado limites”, afirmou Gilmar Mendes.

Sobre as supostas citações a ministros do STF nos áudios que motivaram a abertura do processo de revisão do acordo de colaboração de Joesley Batista, Ricardo Saud e Francisco e Assis e Silva, delatores ligados à JBS, Gilmar disse que as conversas são uma forma de “vender fumaça” por parte dos colaboradores, que buscavam acordo com a PGR.

A possibilidade de revisão ocorre diante das suspeitas dos investigadores do Ministério Público Federal (MPF) de que o empresário Joesley Batista e outros delatores ligados à empresa esconderam informações da PGR.

Ontem (4), ao comunicar a abertura do processo de revisão das delações, o procurador-geral, Rodrigo Janot, disse que, mesmo se os benefícios dos delatores forem cancelados, as provas contra as pessoas citadas devem ser mantidas. No entanto, a decisão final sobre a validade das provas cabe ao Supremo.

Informações da Agência Brasil

 

 

Published by
Redação

Recent Posts

Renúncia no conselho de administração da Dexco (DXCO3)

Publicado às 23h09   A Dexco (DXCO3) informou que Rodolfo Villela Marino renunciou ao cargo…

3 de julho de 2024

Notícia da Vale, Petrobras, Jalles Machado, Santander, Oi, MRV

  Publicado às 20h15 Atualizado às 23h16   Notícias corporativas: Renúncia no conselho de administração…

3 de julho de 2024

Petrobras e Cade assinam aditivo ao TCC para o mercado de refino

  Publicado às 20h11   A Petrobras (PETR3, PETR4) assinou com o Conselho de Administrativo…

3 de julho de 2024

Acordo homologado pelo TCU entre Oi (OIBR3), Anatel e Ministério das Comunicações garante R$ 5,9 bi de investimentos para o setor

  Publicado às 20h06   O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, na sessão…

3 de julho de 2024

Jalles Machado (JALL3): fábrica de açúcar na Unidade Santa Vitória está operacional

Publicado às 19h44   A Jalles Machado (JALL3) informou nesta quarta-feira, 3, que a fábrica…

3 de julho de 2024

MRV (MRVE3): Nicola Calicchio Neto aprovado para o cargo de vice-presidente do conselho de administração

  Publicado às 19h27   A MRV Engenharia e Participações (MRVE3) divulgou que foi aprovada…

3 de julho de 2024