MANCHETE SECUNDÁRIA

AGU recorre de nova liminar que suspendeu aumento de combustíveis no país

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou, no início da tarde de hoje (4), que entrou com um recurso no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) para tentar derrubar uma liminar da Justiça Federal no Rio de Janeiro que suspendeu em todo o país, pela segunda vez, o aumento de impostos sobre os combustíveis.

Ontem (3), foi divulgada uma decisão do juiz federal Ubiratan Cruz Rodrigues, da 1ª Vara Federal de Macaé (RJ), determinando a suspensão imediata do aumento do preço dos combustíveis em todo o país.

O magistrado atendeu a uma ação popular contra os efeitos do decreto assinado pelo presidente Michel Temer, no último dia 20, que aumentou as alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre a gasolina, o óleo diesel e o etanol.

A ação foi aberta pelo advogado Décio Machado Borba Netto, que usou os mesmos argumentos que levaram a Justiça Federal do Distrito Federal a suspender o aumento pela primeira vez, no final de julho. Ele sustentou que a alta de impostos não poderia se dar por decreto, mas somente por projeto de lei aprovado no Congresso, e que mesmo após a sanção tal aumento somente poderia vigorar após 90 dias, conforme determina a Constituição.

A liminar da Justiça Federal no Rio é a terceira decisão determinando a suspensão do aumento dos tributos sobre combustíveis. Além da Justiça Federal em Brasília, a Justiça da Paraíba havia suspendido o aumento, embora somente no estado. Esta decisão também foi suspensa após recurso da AGU.

A Advocacia-Geral da União usa argumentos econômicos para justificar a medida do governo, defendendo a legalidade do aumento de impostos por ser “imprescindível” para o equilíbrio das contas públicas. O órgão estimou em R$ 74 milhões o prejuízo diário aos cofres da União com a interrupção da cobrança.

A expectativa do governo é arrecadar mais R$ 10,4 bilhões com o aumento do PIS/Cofins sobre os combustíveis, de modo a conseguir cumprir a meta fiscal de déficit primário de R$ 139 bilhões para este ano.

Alíquotas

O reajuste nas alíquotas do PIS/Cofins sobre a gasolina, o diesel e o etanol foi determinado por meio de decreto presidencial no dia 20 de julho. A alíquota subiu de R$ 0,3816 para R$ 0,7925 para o litro da gasolina e de R$ 0,2480 para R$ 0,4615 para o diesel nas refinarias. Para o litro do etanol, a alíquota passou de R$ 0,12 para R$ 0,1309 para o produtor. Para o distribuidor, a alíquota, antes zerada, aumentou para R$ 0,1964.

Informações da Agência Brasil

 

 

Published by
Redação

Recent Posts

Monteiro Aranha (MOAR3) anuncia pagamento de dividendo e JCP

Publicado às 21h38   A Monteiro Aranha (MOAR3) divulgou nesta sexta-feira, 22, que aprovou a…

22 de novembro de 2024

Assista ao comentário de fechamento do mercado 22/11

    Publicado às 18h40   O analista Dalton Vieira faz a análise do Ibovespa,…

22 de novembro de 2024

Ibovespa fecha em +1,74%; na semana subiu 1,04%. Veja as maiores altas e quedas do índice:

    Publicado às 18h46     Comentário de fechamento do mercado Acesse aqui o…

22 de novembro de 2024

Banco do Brasil (BBAS3) anuncia o pagamento de juros sobre o capital. Veja os detalhes:

    Publicado às 18h15   O Banco do Brasil (BBAS3) informou nesta sexta-feira, 22,…

22 de novembro de 2024

Atualização: Petrobras salta e ajuda Ibovespa; veja os destaques corporativos

  Publicado às 13h53 Atualizado às 19h38 após a Porto informar outro valor por ação…

22 de novembro de 2024