O ex-ministro Geddel Vieira Lima (Valter Campanato/Agência Brasil)
O ex-ministro da Secretaria de Governo de Michel Temer, Geddel Vieria Lima, foi preso preventivamente na tarde desta segunda-feira.
Procuradores do Ministério Público Federal afirmam que o ex-ministro agiu para atrapalhar investigações, ao tentar barrar possíveis delações premiadas do ex-deputado Eduardo Cunha e do doleiro Lúcio Funaro.
Geddel ocupou a vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa entre março de 2011 e dezembro de 2013. Entre 2007 e 2010, período do segundo governo Lula, Geddel chefiou o Ministério da Integração Nacional. Em maio de 2016, voltou ao Palácio do Planalto como ministro-chefe da secretaria de governo do presidente Michel Temer, deixando o cargo em novembro do mesmo ano, alvo de suspeitas de ter atuado para beneficiar uma construtora na Bahia.
Geddel é investigado no âmbito da Operação Cui Bono. A operação da Polícia Federal foi para investigar um suposto esquema de fraudes na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal, entre 2011 e 2013, teve origem na obtenção de informações extraídas de um aparelho celular apreendido em 2015, do ex-presidente da Câmara, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O Ministério Público Federal citou Cunha e o ex-ministro Geddel Vieira Lima como suspeitos de possíveis crimes de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, praticados entre 2011 e 2013. Para o procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, Geddel “valeu-se de seu cargo na Caixa para, de forma orquestrada, beneficiar empresas com liberações de créditos dentro de sua área de alçada e fornecer informações privilegiadas para outros membros da quadrilha composta, ainda, por Eduardo Cunha” e outros.