A venda de títulos públicos a pessoas físicas pela internet atingiu recorde em junho. Segundo números divulgados nesta sexta-feira (21) pelo Tesouro Nacional, as vendas somaram R$ 1,452 bilhão no mês passado, o maior montante registrado para meses de junho desde a criação do programa, em 2002.
O recorde mensal absoluto foi registrado em março deste ano, quando as vendas totalizaram R$ 2,648 bilhões. Em junho, os títulos mais procurados pelos investidores foram os vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia), que concentraram 44,3% das vendas.
Os papéis corrigidos pela inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) representaram 37,4% do total. Os títulos prefixados, com juros definidos no momento da emissão, corresponderam a 18,3%.
Os investimentos de menor valor continuaram a liderar a preferência dos aplicadores no Tesouro Direto em junho. As vendas abaixo de R$ 5 mil concentraram 77,8% do volume aplicado no mês. O número de investidores ativos (que efetivamente possuem aplicações) subiu 14.655, alcançando 507.654, alta de 65,5% nos últimos 12 meses.
Com o resultado de junho, o estoque de títulos públicos aplicados no Tesouro Direto subiu 2,3% em relação a maio, alcançando R$ 46,7 bilhões. A variação do estoque representa a diferença entre as vendas e os resgates, mais o reconhecimento dos juros que incidem sobre os títulos.
Em junho, os resgates somaram R$ 707,2 milhões, relativos a recompras (quando o Tesouro recompra títulos em circulação). No mês passado, não houve vencimentos de títulos (quando o prazo do papel acaba e o Tesouro paga os investidores).
Aplicação
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessm adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem de pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.
A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.
Informações da Agência Brasil
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