Diretor do Banco Central diz que economia vai se recuperar gradualmente

22 de junho de 2017 Por Redação
Brasília - A Polícia Militar (PM) descartou que houvesse bomba em uma mochila deixada hoje (26) na rampa de acesso ao Banco Central (BC), em Brasília. (José Cruz/Agência Brasil)

Banco Central (José Cruz/Agência Brasil)

 

A economia brasileira deve se recuperar gradualmente, afirmou nesta quinta, 22, o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Viana de Carvalho. O BC manteve a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, em 0,5% em 2017, no Relatório de Inflação, divulgado de manhã.

“Riscos sempre há, mas temos esse diagnóstico de que a estabilização ocorreu e que as perspectivas são de recuperação gradual”, disse o diretor ao apresentar o relatório.

No documento, o BC destaca que as reformas propostas pelo governo, da Previdência e trabalhista, são necessárias para a recuperação da economia. “A manutenção, por tempo prolongado, de níveis de incerteza elevados sobre a evolução do processo de reformas e ajustes na economia pode ter impacto negativo sobre a atividade”.

Taxa de juros

Viana também afirmou que mudanças no ritmo de cortes na taxa básica de juros, a Selic, dependem da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e de expectativas para a inflação.

No relatório, o BC lembrou que, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a Selic, o colegiado entendeu que “uma redução moderada do ritmo de flexibilização monetária [redução da taxa] em relação ao ritmo adotado naquela ocasião deveria se mostrar adequada em sua próxima reunião, em julho”.

“Em nenhum momento, nós nos comprometemos com decisões futuras. É condicional”, disse o diretor. Ele acrescentou que o Copom mostra os fatores que podem indicar a “direção que parece mais provável”, mas não há nada pré-definido.

Informações da Agência Brasil