MANCHETE 4

Brasil deve consolidar posição de exportador de petróleo

Brasil poderá se consolidar na posição de exportador líquido de petróleo

 

Diante das expectativas de elevação da demanda de combustíveis nos próximos anos, o Brasil poderá se consolidar na posição de exportador líquido de petróleo e importador líquido de derivados, principalmente óleo diesel e querosene de aviação.

A opinião é do diretor de Estudos do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), José Mauro Coelho, e foi manifestada hoje (28) durante o lançamento do 2º Boletim de Conjuntura da Indústria do Petróleo elaborada pela companhia, no Rio de Janeiro.

Na avaliação da EPE, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, o sucesso exploratório e a alta produtividade da área do pré-sal podem determinar o crescimento da produção nos próximos anos.

“Efetivamente a nossa produção de petróleo crescerá muito e deverá chegar em 2026 com extração de cerca de 4,5 a 5 milhões de barris de petróleo equivalente por dia, praticamente dobrando a produção em um horizonte de 10 anos – o que é muito significante”, disse Coelho.

Para ele, no entanto, o crescimento da demanda na produção de óleo não deverá ser acompanhado do aumento da produção de refino de derivados, caso os investimentos no parque nacional não venham a se materializar.

Números do futuro

“Neste caso, a demanda [por derivados] não vai acompanhar a oferta [de petróleo bruto]. O país estará produzindo entre 4,5 a 5 milhões de barris para uma demanda em torno de 3 a 3,5 milhões de litros de derivados. E isto fará um grande exportador de petróleo”, afirmou.

O diretor da EPE ressaltou que, quando se analisa o setor de refino do país, não se vê muitas mudanças [do ponto de vista da oferta de derivados] em um horizonte de 10 anos. “Não vemos muitas mudanças, nada relacionado ao Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), a não ser a entrada da Unidade de Processamento de Gás Natural por volta de 2021. E também a possibilidade da entrada do segundo trem da Rnest (Refinaria do Nordeste) em 2023, que adicionará alguma coisa à capacidade de refino do país”.

No capítulo que trata da conjuntura Brasil, o Boletim Conjuntura da Indústria do Petróleo destaca que, a despeito da retração dos investimentos em upstream (produção e exploração de petróleo) no país, o Brasil superou o México e a Venezuela e é hoje o maior produtor de óleo da América Latina, com a crescente produção do pré-sal e a alta produtividade de seus campos.

Informações da Agência Brasil

 

 

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Redação

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