Vale nega interferência externa, JBS fala de operações com o dólar e outros destaques

20 de maio de 2017 Por Redação

Atualizado às 12h05

 

Vale: não houve interferência externa em escolha da Diretoria Executiva

Em comunicado ao mercado, o Conselho de Administração da Vale reafirmou que o processo de escolha dos membros de sua Diretoria Executiva, em especial de seu novo Diretor Presidente, Fabio Schvartsman, “ocorreu a salvo de qualquer interferência externa e foi conduzido em conformidade com as melhores práticas de mercado, seguindo os ritos e a governança da companhia, resultando, assim, na contratação de um profissional de mercado cuja reputação foi inteiramente formada em empresas privadas”.

O jornal O Globo divulgou que o senador tucano Aécio Neves ofereceu ao empresário Joesley Batista a possibilidade de nomear um dos diretores da Vale.

A mineradora ressalta que no processo de escolha, o Conselho estabeleceu uma comissão formada por representantes de seus principais acionistas controladores, que ficou responsável pela condução do processo de identificação e escolha do novo executivo.

“Em todo o processo, a referida comissão e o próprio Conselho de Administração foram assessorados pela empresa Spencer Stuart, especializada no recrutamento de executivos com larga experiência e reconhecimento globais, que presta serviços há mais de 12 anos para a Vale”, destacou no Comunicado.

A empresa salientou ainda que na última reunião do Conselho de Administração da empresa, realizada em 11 de maio deste ano, foram renovados os mandatos de quase todos os executivos, à exceção de Humberto Freitas, que, por decisão pessoal, optou por deixar a companhia no fim de seu mandato, previsto para o próximo dia 25, sem a admissão de qualquer outro diretor.

 

J&F não aceita fechar acordo de leniência de R$ 11 bi com MPF

O Grupo J&F, que controla a JBS, não fechou acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF). O prazo terminou às 23h59min de sexta-feira.

O MPF defendeu o pagamento de R$ 11,169 bilhões pela empresa, que seriam pagos em dez anos. O valor é equivalente a 5,8% do faturamento obtido pelo grupo econômico em 2016. Já os representantes da J&F propuseram pagar R$ 1 bilhão, o que equivale a 0,51% do faturamento registrado no período.

Segundo o MPF, a Lei Anticorrupção estabelece que a multa em acordos de leniência deve ter como parâmetro percentual que varia entre 0,1% e 20% do faturamento.

Apesar do não fechamento de um acordo de leniência, a empresa já fechou com o MPF um acordo de colaboração, que já foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O acordo de leniência abrange aspectos civis e de responsabilidade da empresa, enquanto o acordo de colaboração diz respeito a aspectos penais.

A J&F e o MPF ainda podem voltar a negociar um acordo de leniência, com outras condições.

 

JBS se defende da suspeita de ganhos financeiros com dólar

Após as notícias de que a compra de dólar na véspera do vazamento dos aúdios de Joesley Batista teria levado a JBS teria obter ganhos financeiros, a empresa resolveu se manifestar.

Em comunicado ao mercado, JBS afirmou que “gerencia de forma minuciosa e diária a sua exposição a moedas estrangeiras e commodities”.

A empresa afirmou que tem como política e prática a utilização de instrumentos de proteção financeira visando, exclusivamente, minimizar os riscos cambiais e de commodities associados à sua dívida e recebíveis em dólar.

“Considerando a exposição da JBS ao dólar americano, um exemplo do potencial impacto das oscilações na cotação dessa moeda é que, ao considerar a variação cambial de R$ 3,16 em 31 de março – fechamento do primeiro trimestre – para R$ 3,40 em 18 de maio, a companhia incorreria um prejuízo superior a R$ 1 bilhão”, afirma o comunicado.

A companhia reiterou que as movimentações realizadas nos últimos dias seguem alinhadas à sua política de gestão de riscos e proteção financeira.

 

Braskem não fornece documento a SEC

A Braskem (BRKM5) comunica que não foi possível arquivar o seu Relatório Anual através do Formulário 20-F referente ao exercício fiscal findo em 31 de dezembro de 2016 perante a U.S Securities and Exchange Commission (SEC).

Dessa a forma, a empresa encontra-se em não conformidade com as obrigações de arquivamento da SEC e de listagem da New York Stock Exchange.

A Braskem celebrou um acordo global com o Ministério Público Federal do Brasil, o Departamento de Justiça dos EUA e com a Procuradoria Geral da Suíça, no âmbito da Operação Lava Jato. A companhia deu início a procedimentos e análises adicionais dos seus processos e controles internos a fim de possibilitar o arquivamento do Formulário 20- F.

A empresa informou que “não pode precisar, neste momento, a data de conclusão de tais análises e, consequentemente, a data em que estarão disponíveis as demonstrações financeiras auditadas para arquivamento do Formulário 20-F perante a SEC”.

A NYSE informou a Braskem tem o prazo de seis meses, a partir de 16 de maio de 2017, para arquivar o documento.

 

Bradesco

O Banco Bradesco (BBDC4), detentor indireto de participação no IRB Brasil Resseguros, informou que os acionistas do IRB autorizaram a retomada das providências necessárias à realização de oferta pública e listagem de suas ações no Novo Mercado da B3 (antiga Bovespa) com a consequente submissão de pedido de registro de companhia aberta.

 

 

Com Finance News e Agência Brasil