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Temer se defende e governo ‘sangra’

Presidente Michel Temer  (José Cruz/Agência Brasil)

 

Um dos donos do grupo JBS (JBSS3) afirmou à Procuradoria-Geral da República que gravou o presidente Michel Temer dando aval para comprar o silêncio de Eduardo Cunha, deputado cassado que presidiu a Câmara dos Deputados.

As informações são de Lauro Jardim, no jornal “O Globo”.

Segundo o jornal, o empresário Joesley Batista entregou uma gravação feita em março deste ano à Procuradoria-Geral da República.

Diante de Joesley, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS).

De acordo com o jornal, posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley.

Segundo a denúncia, Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer teria incentivado: “Tem que manter isso, viu?”.

O jornal O Globo também diz que Aécio Neves foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB, numa cena devidamente filmada pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho dos reais. Descobriu que eles foram depositados numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).

Na reportagem, também é veiculada a informação que Joesley relatou que Guido Mantega era o seu contato com o PT. Era com o ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma Rousseff que o dinheiro de propina era negociado para ser distribuído aos petistas e aliados. Mantega também operava os interesses da JBS no BNDES.

Todas essas denúncias constam na delação de Joesley Batista e o seu irmão Wesley. A delação ainda não foi homologada pelo STF.

 

Temer se defende

O presidente Michel Temer divulgou uma nota sobre o caso. Leia a íntegra:

NOTA À IMPRENSA

O presidente Michel Temer jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Não participou e nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar.

O encontro com o empresário Joesley Batista ocorreu no começo de março, no Palácio do Jaburu, mas não houve no diálogo nada que comprometesse a conduta do presidente da República.

O presidente defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias veiculadas pela imprensa, com a responsabilização dos eventuais envolvidos em quaisquer ilícitos que venham a ser comprovados.

 

 

 

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Redação

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