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Ibovespa fecha em queda com ‘risco Trump’ no radar

Atualizado às 17h25

 

O Ibovespa fechou em baixa de 1,6% com aumento das incertezas políticas nos Estados Unidos. O índice perdeu mil pontos e estacionou nos 67 mil 540 pontos. Apenas 3 ações tiveram alta nesta quarta.

Embraer (EMBR3) liderou as perdas com queda de 5%. O Santander cortou a recomendação dos ADRs (American Depositary Receipts) da fabricante de aviões, de compra para underperform (desempenho abaixo da média).

Os principais bancos também se desvalorizaram e como o setor tem peso no índice, ajudaram na baixa do Ibovespa.

JBS (JBSS3) caiu 3,6%. A possibilidade de que a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) da JBS Foods International na Bolsa de Nova York fique para o segundo semestre, ajudou na desvalorização. Nesta quarta o jornal O Globo trouxe uma reportagem citando a área técnica do Tribunal de Contas da União, que calculou em R$ 711,3 milhões o prejuízo que o BNDES teve com operações de compra de ações e debêntures (títulos de dívida) do grupo JBS.

Vale (VALE5) caiu 1,9% mesmo com a valorização do minério de ferro (Qingdao, China), que teve alta de 1,6%.

Nos EUA o S&P 500, o Dow Jones e o Nasdaq tiveram fortes quedas.

O mercado financeiro repercute a grave revelação feita pelo jornal The New York Times, um dos mais influentes dos EUA, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao então chefe do FBI, James Comey, demitido na semana passada, que “abandonasse” uma investigação sobre seu ex-assessor de segurança nacional Michael Flynn.

Se comprovada, a solicitação do republicano representa uma interferência direta em uma investigação em curso e possível obstrução à Justiça, o que, em última instância, pode levar o presidente a um processo de impeachment.

O Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes já solicitou ao FBI, todos os documentos que seu ex-diretor  elaborou sobre suas conversas com Trump.

A acusação contra o presidente aumenta a incerteza política no país, com consequência também no mercado financeiro.

As Bolsas americanas foram impulsionadas nos últimos meses por alguns fortes resultados corporativos e também pela expectativa de que o governo Trump consiga levar adiante uma reforma tributária e outras iniciativas legislativas que são vistas como favoráveis ao mercado.

 

MAIORES QUEDAS DO IBOVESPA

MAIORES ALTAS DO IBOVESPA

 

FOI DESTAQUE NO SETOR CORPORATIVO

 

Prejuízo da Paranapanema

No 1T17 a Paranapanema (PMAM3) teve prejuízo líquido R$ 43 milhões. No mesmo trimestre de 2016 a companhia teve lucro de R$ 2,6 milhões. A Receita Líquida Total somou R$774,8 milhões no 1T17, 41% inferior ao 1T16.

Do total de receitas no período, 49% foram oriundas do mercado interno (28% no 1T16) e 51% do mercado externo (72% em no 1T16). Leia aqui o relatório fornecido pela empresa.

 

Petrobras avalia exercer direito de preferência no pré-sal

A Petrobras (PETR4) afirmou em Comunicado ao Mercado que o seu corpo técnico está avaliando a possibilidade e o interesse da companhia de exercer o direito de preferência para atuar como operadora nas áreas oferecidas nos leilões para exploração e produção no pré-sal.

A estatal afirmou que os técnicos vão submeter as recomendações à Diretoria Executiva e ao Conselho de Administração.

O esclarecimento ao mercado foi feito após notícias sobre o assunto veiculadas na mídia.

Segundo a Agência Brasil, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse em evento no Rio de Janeiro, que a  Petrobras exercerá o direito de preferência em algumas áreas nos dois leilões de petróleo do pré-sal brasileiro marcados para o segundo semestre. “A Petrobras ocupará sempre um papel importante, até porque a lei garante a ela essa preferência. Eles sinalizaram que irão, sim, exercer o direito em algumas áreas. Onde não tiver o direito de preferência, vai para processo de leilão comum”, informou.

O ministro lembrou que as próximas rodadas dos campos de concessão e a segunda e terceira rodadas do pré-sal estão previstos para ocorrer em 27 de setembro e 27 de outubro. As rodadas de óleo e gás deste ano poderão gerar para os cofres públicos entre R$ 8,5 bilhões e R$ 9 bilhões, destacou o ministro.

 

Gerdau não confirma venda de ativos

A Gerdau (GGBR4) afirmou que “não há qualquer decisão da administração de venda” de ativos no México e na Índia.

O esclarecimento foi feito após uma reportagem do Valor Econômico afirmar que a Gerdau negocia usinas nesses dois países com o objetivo de arrecadar até R$ 1,5 bilhão.

“A administração da companhia, com frequência, avalia oportunidades de otimização de seus ativos com a visão estratégica de gerar maior retorno aos seus negócios, operações, e acionistas, o que inclui, por vezes, a assessoria de bancos de investimentos e empresas especializadas na identificação e avaliação de tais oportunidades”, afirmou a siderúrgica.

 

Ambev contratos de troca de resultados de fluxos financeiros futuros

O Conselho de Administração da Ambev (ABEV3) aprovou a celebração de contratos de troca de resultados de fluxos financeiros futuros com liquidação financeira (equity swap), com instituições financeiras a serem definidas pela diretoria, tendo por referência ações de emissão da companhia ou american depositary receipts com lastro nestas ações (ADRs).

Em Fato Relevante a empresa afirmou que a liquidação do equity swap ocorrerá no prazo máximo de 18 meses a contar desta data, sendo que os contratos poderão acarretar a exposição em até 80 milhões de ações ordinárias (do qual parte ou a totalidade poderá ser por meio de ADRs), com valor limite de até R$ 1,5 bilhão.

“A finalidade da operação é neutralizar os eventuais efeitos da oscilação das cotações das ações tendo em vista a futura entrega de ações de sua emissão ou ADRS pela companhia no âmbito de seus planos de remuneração baseada em ações”, explicou a Ambev.

 

Azul: demanda de passageiros domésticos aumentou 11,5%

A Azul (AZUL4) divulgou que em abril a demanda de passageiros domésticos aumentou 11,5%, com um aumento de capacidade de 10,1%.

Como resultado, a taxa de ocupação doméstica para abril de 2017 foi de 79,8%, ligeiramente acima dos 78,7% registrados no mesmo período do ano passado. A demanda de passageiros internacionais aumentou 89.3% comparado com abril de 2016, com um aumento de ASKs (Available Seat Kilometers ou Assentos-Quilômetro Oferecidos) de 69.4%, resultando em uma taxa de ocupação de 90.9%, 9,5 pontos percentuais acima da ocupação registrada em abril de 2016.

Segundo a empresa, a adição de novos mercados, em conjunto com um cenário macroeconômico mais positivo em 2017, levou ao aumento da demanda de passageiros internacionais.

 

Fitch rebaixa Klabin

A agência de classificação de risco Fitch Ratings reduziu o rating da empresa de “BBB-” para “BB+” na escala global e de “AAA(bra)” para “AA+” na escala nacional, com perspectiva estável. Dessa forma a empresa perde o grau de investimento. Segundo a agência, o rebaixamento “reflete a elevada alavancagem da Klabin após o início das operações da fábrica de celulose Puma”. Leia o relatório completo da agência aqui.

 

 

 

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Redação

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