Lucro líquido da Cemig cai para R$ 334 milhões em 2016

12 de abril de 2017 Por Redação

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O lucro líquido da Cemig em 2016 foi de R$334 milhões, bem abaixo do verificado em 2015, quando o lucro líquido foi de R$ 2,4 bilhões.

Segundo a empresa isso ocorreu “em função de ajustes no investimento na Renova e principalmente, de não ter em 2016, no portfólio de energia própria para revenda a usina de São Simão, tendo em vista a discussão judicial com o Governo Federal a respeito da prorrogação das concessões de Jaguara, Miranda e São Simão”.

O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida) foi de R$ 2 bilhões 638 milhões. Em 2015 foi de 5 bilhões 538 milhões.

Mais detalhes leia o release de resultados aqui.

A Cemig informou que o Conselho de Administração deliberou encaminhar à Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada até 12 de maio de 2017, a proposta de que R$204 milhões sejam destinados como dividendos mínimos obrigatórios aos acionistas da companhia, a serem pagos em duas parcelas iguais, sendo a primeira até 30 de junho de 2017 e a segunda até 30 de dezembro de 2017.

 

Dívida da Cemig

A empresa afirmou que o ano de 2016 reservou um grande desafio que foi o de refinanciar a dívida vincenda no curto prazo. Havia uma grande concentração de dívida vencendo no primeiro semestre, no caso da Cemig D, e no segundo semestre, no caso da Cemig GT.

Enquanto a Cemig D reduziu em R$822 milhões o seu endividamento em 2016, a Cemig GT, em função da dívida contratada pela empresa para financiar o pagamento da bonificação de outorga das concessões de 18 usinas hidrelétricas arrematadas no leilão da Aneel ocorrido em dezembro de 2015, acabou elevando seu endividamento em 2016 em cerca de R$922 milhões.

“Apesar das condições atuais de mercado, a administração tem promovido a gestão da sua dívida com foco no alongamento do prazo, para evitar pressões no fluxo de caixa que possam afetar a liquidez e sugerir risco de refinanciamento”, disse a empresa.

O endividamento da companhia, em 31 de dezembro de 2016, no valor de R$15 bilhões 179 milhões, tem seu cronograma de amortizações com prazo médio de 2,8 anos.