O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)de fevereiro apresentou variação de 0,33% e ficou abaixo dos 0,38% de janeiro em 0,05 ponto percentual.
Este foi o IPCA mais baixo para os meses de fevereiro desde 2000, quando se situou em 0,13%.
Considerando os dois primeiros meses do ano, o índice está em 0,71%, percentual bem inferior aos 2,18% referentes a igual período de 2016.
No acumulado dos últimos 12 meses, o índice desceu para 4,76%, enquanto havia registrado 5,35% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2016, a taxa atingiu 0,90%.
Em fevereiro, o grupo Educação, com alta de 5,04% e impacto de 0,23 p.p., dominou o IPCA do mês, sendo responsável por 70% dele. Em contrapartida, o grupo Alimentação e Bebidas apresentou queda de 0,45% e teve intensa atuação em conter o índice, tendo em vista o impacto de -0,11 p.p.
A alta de 5,04% no grupo Educação reflete os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, em especial os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, cujos valores subiram 6,99%, gerando o mais elevado impacto individual sobre o índice do mês (0,21 p.p.). Regionalmente, os cursos regulares tiveram aumentos entre 4,94% (São Paulo) e 10,13% (Salvador). A exceção foi Fortaleza, onde não foi apropriado nenhum aumento devido à diferença no período de reajuste. Seguem os resultados do grupo Educação por região pesquisada.
Por outro lado, o grupo Alimentação e Bebidas, com variação de -0,45%, foi decisivo no recuo da taxa do IPCA de janeiro para fevereiro. Este é o menor resultado desde julho de 2010, quando os preços dos alimentos tiveram queda de 0,76%. Ao se considerar apenas os meses de fevereiro, esta é a queda mais intensa desde o início do plano Real (1994).
Considerando os alimentos para consumo em casa, todas as regiões pesquisadas mostraram preços em queda, indo de -0,39% em São Paulo até -1,57% em Campo Grande.
Vários produtos importantes na mesa do brasileiro ficaram mais baratos em fevereiro, como feijão-carioca (-14,22%) e frango inteiro (-3,83%).
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
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