A Dívida Pública Federal, que inclui o endividamento interno e externo, aumentou em fevereiro. O saldo da dívida subiu 2,66%, em termos nominais, passando de R$ 3,053 trilhões em janeiro para R$ 3,134 trilhões em fevereiro. Os dados foram divulgados hoje (28) pelo Tesouro Nacional.
De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Leandro Secunho, o aumento no estoque da dívida ocorreu porque houve emissão líquida, ou seja, mais emissões de títulos públicos, cerca de R$ 75 bilhões, do que vencimentos (R$ 16,7 bilhões), além de pagamentos de juros de R$ 23,4 bilhões.
Secunho acrescentou que o aumento nas emissões ocorreu por maior demanda por títulos públicos, devido às expectativas de queda nas projeções de inflação e de juros, além de aumento da confiança. Ele explicou que, como há expectativa de redução na taxa de juros no futuro, os investidores procuram mais pelos títulos agora para ter ganhos maiores.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), em circulação no mercado nacional, teve o estoque ampliado em 2,8%, ao passar de R$ 2,938 trilhões para R$ 3,020 trilhões.
Já o estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe) teve redução de 0,76% sobre o apurado em janeiro, encerrando fevereiro em R$ 113,93 bilhões (US$ 36,76 bilhões).
A variação do endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões, pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta. A variação pode ocorrer também pela assinatura de contratos de empréstimo. Nesse caso, o Tesouro toma empréstimo de uma instituição ou de um banco de fomento, destinado a financiar o desenvolvimento de uma determinada região. Já a redução do endividamento se dá, por exemplo, pelo resgate de títulos.
De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), a dívida pública poderá fechar este ano entre R$ 3,45 trilhões e R$ 3,65 trilhões.
Em 2016, a dívida ficou em R$ 3,113 trilhões, com alta de 11,45% em relação a 2015.
Emissões externas
Secunho disse ainda que as emissões no mercado em dólares são prioridade do Tesouro Nacional. Ele citou a emissão feita no dia 7 deste mês e disse que não está descartado o lançamento em euros. “Olhamos com cuidado para tentar aproveitar oportunidades, mas nosso foco é o mercado de dólares.”
Ele acrescentou que o Tesouro já tem dólares suficientes para pagar a dívida externa deste ano e de 2018 e que novas emissões serão “qualitativas”, ou seja, para ter acesso a novos investidores e aproveitar oportunidades de custos menores.
Neste mês, o Tesouro anunciou a reabertura do bônus da República denominado Global 2026, com vencimento em 7 de abril de 2026, no valor de US$ 1 bilhão, emitido no mercado norte-americano.
Informações da Agência Brasil
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