Ibovespa sobe com a ajuda dos bancos. Na semana fechou em queda de 1,64%

3 de fevereiro de 2017 Por Redação

Atualizado às 18h15 do dia 03/02/17

 

Depois de romper os 65 mil pontos, o Ibovespa recuou e fechou em leve alta nesta sexta-feira. Na semana o Ibovespa teve queda de 1,6%. É a primeira baixa depois de cinco semanas de alta.

Vale (VALE5) aumentou as perdas no meio tarde e afundou mais de 5%. Os papéis ordinários (VALE3) caíram mais de 6% e lideraram as perdas do Ibovespa. A queda do minério de ferro na China pressionou esses papéis e também os da Bradespar (BRAP4), holding que detém ações da mineradora.

Braskem (BRKM5) fechou no negativo após Petrobras contestar os termos do acordo que a empresa fechou com o governo americano (detalhes abaixo).

Kroton (KROT3) e Estácio (ESTC3) caíam mais de 2% após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) avaliar que a fusão entre as duas empresas traria riscos de concorrência no setor.

Os bancos, setor com peso no índice, subiram e ajudaram o Ibovespa se manter no positivo.

O preço do barril de petróleo em Londres e nos EUA registrou alta com a Casa Branca anunciando sanções contra pessoas e empresas do Irã. A valorização do barril impactou as ações da Petrobras. Os papéis preferenciais e ordinários subiram mais de 2%.

A TIM (TIMP3) saltou mais de 4% após divulgar o balanço.

Nos EUA destaque para o Payroll (o relatório de emprego que exclui as companhias do setor agrícola). Foram gerados 237 mil novos empregos, número melhor que o esperado.

 

MAIORES ALTAS DO IBOVESPA

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MAIORES BAIXAS DO IBOVESPA

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ÁSIA

O banco central chinês elevou as taxas de juros de curto prazo no primeiro dia após o feriado do ano novo. É mais um sinal de aperto da política monetária. Já a atividade industrial do gigante asiático aumentou pelo sétimo mês seguido em janeiro. Mas o ritmo de crescimento desacelerou na comparação com dezembro, conforme indicou o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

 

 

SETOR CORPORATIVO

TIM

A TIM (TIMP3) teve lucro líquido de R$ 359 milhões no quarto trimestre do ano passado. Esse valor representa queda de 19,6% ante o lucro líquido de R$ 447 milhões no mesmo período de 2015.

Esse é o chamado lucro líquido normalizado, que exclui o impacto de vendas de torres e e custos temporários de RH e G&A entre 2015 e 2016. Se incluído o impacto, o lucro líquido recuou 21,8%, para R$ 364 milhões no quarto trimestre de 2016. No mesmo período do ano anterior foi R$ 466 milhões.

Veja o relatório completo aqui.

 

JBS reduz dívida

A JBS (JBSS3) comunicou que sua subsidiária JBS USA Lux captou US$2,8 bilhões em linha de crédito garantida. Segundo a empresa, com esses recursos a companhia pagou US$2,09 bilhões em dívidas.

Mais detalhes aqui.

 

Petrobras x Braskem

Segundo o jornal Valor Econômico, a Petrobras, sócia do grupo Odebrecht na Braskem, decidiu contestar os termos do acordo que a empresa petroquímica fechou com o governo americano, envolvendo sua participação no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava-Jato.

De acordo com o Valor, a petroleira alega que sofreu prejuízo de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 3,1 bilhões) e não de US$ 94 milhões, como informou a Braskem ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

 

Eletrobras

Também segundo o Valor, a Eletrosul, subsidiária da Eletrobras (ELET6), deve fechar este mês a transferência de participação em um conjunto de projetos de transmissão de energia na região Sul para a chinesa Shanghai Electric. A informação é atribuída a uma fonte com conhecimento do assunto.

 

Locamerica

A S&P hoje o rating de crédito corporativo da Companhia de Locação das Américas (Locamerica – LCAM3) de ‘brA’ para ‘brA+’.

Ao mesmo tempo foram reafirmados os ratings de recuperação das dívidas unsecured em ‘3’, que indica uma expectativa de recuperação entre 50% e 70%, e elevado o rating de emissão das dívidas unsecured de ‘brA’ para ‘brA+’. A perspectiva do rating de emissor é estável.

Segundo a S&P a elevação dos ratings reflete a melhora nas métricas de crédito da Locamerica, mesmo diante de um cenário competitivo desafiador e da recessão econômica no Brasil.

A agência afirma que “isso foi possível a partir da melhora no portfólio de contratos da empresa, que reduziu perdas com inadimplência e aumentou a contribuição do resultado de seminovos com a maior participação das vendas no varejo, que em geral tem preços mais altos”.

 

Localiza

A S&P Global Ratings reafirmou os ratings ‘BB+’ na escala global e ‘brAA+’ na escala nacional Brasil atribuídos à Localiza (RENT3).

A agência reafirmou o rating de crédito de emissão ‘brAA+’ na Escala Nacional Brasil atribuído às debêntures senior unsecured da empresa. A perspectiva dos ratings de crédito corporativo permanece negativa.

O rating de recuperação ‘3’ da dívida avaliada da empresa continua inalterado, indicando uma expectativa de recuperação significativa (50%-70%, na camada superior da faixa).

Segundo a S&P, a Localiza continuará registrando baixa alavancagem e fortes métricas de cobertura de juros, em razão de sua alta eficiência operacional e vantagens competitivas em meio às perspectivas de forte crescimento para a empresa, apesar da fragilidade econômica e grande competição no Brasil.

 

Marfrig

Marfrig (MRGF3) comunicou que recebeu correspondência da BNDES Participações, na qualidade de acionista da Marfrig, informando sobre o aumento de participação acionária relevante na companhia.

Por causa da conversão mandatória das debêntures emitidas nos termos do Instrumento Particular de Escritura da 5ª Emissão de Debêntures Conversíveis em Ações, o BNDESPAR passou a deter posição acionária de 32,54% no capital da Marfrig.

 

Contax

A Contax (CTAX3) comunicou que recebeu correspondência da Câmara de Arbitragem do Mercado notificando a requisição de procedimento arbitral em face da companhia por vários acionistas.

Segundo a Contax, os requerentes reclamam o recebimento dos dividendos mínimos obrigatórios declarados na Assembleia Geral Ordinária da Companhia de 30 de abril de 2015, cujo pagamento está suspenso.