As novas regras de conteúdo local para a indústria de petróleo e gás devem ser definidas até o fim do mês pelo governo. O assunto foi discutido hoje (16), em uma reunião entre o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, mas o governo ainda não chegou a um consenso sobre a questão.
“Está sendo encaminhado para um ponto de convergência. Temos a ideia de criar algumas medidas para promover a competitividade da indústria, para que a gente possa ser cada vez mais competitivo no futuro. Estamos convergindo para uma posição única, não é nem a deles, nem a nossa”, disse Coelho, após a reunião. Segundo ele, os dois ministérios estão “mais próximos do que vocês imaginam” de um acordo sobre o tema.
O conteúdo local é o volume mínimo de equipamentos e serviços produzidos no país que são exigidos em licitações de exploração de petróleo e gás como critério para a definição de vencedores, para garantir a participação da indústria nacional. As novas regras a serem definidas pelo governo serão aplicadas na 14ª rodada de licitações de blocos para exploração de petróleo e gás natural, prevista para setembro.
“A gente entende que é algo que vai ser bom para o sucesso do leilão e a indústria de desenvolvimento de exploração de produção e que também vai aquecer a indústria ao ponto em que as indústrias locais tenham demanda”, diz o ministro de Minas e Energia.
Indústria
Na semana passada, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) enviou uma carta a diversos ministros alertando sobre os efeitos negativos da redução do conteúdo local de bens no setor de óleo e gás. Para a entidade, a mudança é uma péssima sinalização para as empresas que têm planos de investir na indústria de bens e serviços no Brasil. “É um sinal de alerta para aquelas empresas que já investiram, as quais sem muita dificuldade podem sair do país, deixando para trás mais desempregos e impostos que deixarão de ser gerados”, diz o presidente executivo da entidade, José Velloso.
Entidades que representam setores da indústria também fizeram uma campanha em defesa do conteúdo local. Para elas, a mudança na política poderia ocasionar perda de espaço das empresas nacionais no mercado, já que realizaram investimentos para garantir a oferta de conteúdo local obrigatória. Os empresários afirmam ainda que o fim da política de conteúdo local geraria desemprego.
Petrobras
A Petrobras diz que é a favor de uma política de conteúdo local, mas defende a adoção de percentuais decrescentes. “Entendemos que o melhor seria uma política orientada para que, futuramente, os fornecedores brasileiros possam concorrer em igualdade de condições com seus rivais de outros países. Para isso, é importante ter percentuais decrescentes de conteúdo local em vez de crescentes como os existentes hoje. Existe espaço para desenvolver uma política de conteúdo local inteligente e efetiva. A Petrobras tem poder de escala muito importante para ajudar nessa política”, diz a empresa, em nota.
Informações da Agência Brasil
Publicado às 11h34 Estudo de ações da Bolsa Assista ao estudo do Ibovespa,…
Publicado às 11h06 Assista ao estudo do Ibovespa, Vale3, Petr4, Brav3, Raiz4, Smto3…
Publicado às 21h48 A Petrobras (PETR3, PETR4) destacou neste sábado, 23, que buscará…
Publicado às 14h53 A agência de classificação de risco S&P alterou no último dia…
Publicado às 14h53 O Grupo Mateus (GMAT3) informou na sexta-feira, 22, que concluiu…