O governo federal quer passar a comprar energia no mercado livre, ou seja, diretamente das geradoras. Segundo o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, o Executivo federal pode adotar o modelo como alternativa para economizar nos gastos com energia elétrica. Em 2016, as despesas com água e eletricidade cresceram 5,6% na comparação com 2015, descontada a inflação do período.
Segundo Oliveira, a alta se deve a reajustes nas tarifas de energia elétrica no ano passado. Com a adoção do novo modelo, a expectativa do Ministério do Planejamento é reduzir em 20% a despesa com o item em relação ao patamar atual de gastos. Em números absolutos, a economia poderá chegar a cerca de R$ 400 milhões anuais, segundo estimativas da pasta.
“Hoje, o governo adquire [energia] como consumidor individual. Pelo seu porte e volume, passará a adquirir através do mercado livre”, disse Oliveira durante durante a divulgação do Boletim de Custeio Administrativo de 2016. O ministro destacou que as empresas locais de energia – como a Companhia Energética de Brasília (CEB) – continuarão recebendo pelos serviços de distribuição.
O secretário de Gestão do Planejamento, Gleisson Rubin, explicou que a alteração do modelo levará algum tempo e ainda demanda estudos. “É preciso fazer o cadastramento do governo na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, realizar estudos. Isso deve tomar todo o primeiro semestre. No segundo semestre devemos começar a implantar e, em 2018, estender para órgãos da administração indireta e outras unidades da Federação.” Segundo ele, após os estudos, o governo poderá optar pela manutenção do atual modelo.
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