As negociações para o ajuste fiscal no estado do Rio de Janeiro deverão ser concluídas na próxima segunda-feira. Foi o que afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, ele disse que o governo federal está aberto a discutir medidas de ajuste com qualquer estado em dificuldade financeira, mas deu a entender que poucos estados precisem recorrer a essas renegociações.
“É um ajuste fiscal sério [no caso do Rio de Janeiro]. Não tenho certeza de que muitos estados precisem fazer isso”, disse o ministro em entrevista a jornalistas na Suíça, cujo áudio foi publicado na página do ministério na internet.
O ministro voltará ao Brasil quinta-feira (19) para continuar as negociações com o Rio de Janeiro. Estado que decretou calamidade financeira em junho do ano passado e enfrenta dificuldades para honrar compromissos com fornecedores e pagar salários de servidores públicos.
Evento que reúne empresários e representantes de governo de todo o planeta, o Fórum Econômico Mundial segue até sábado (21), em Davos.
De acordo com Meirelles, os indicadores mostram que a economia brasileira está se recuperando e deve voltar a crescer ainda no primeiro trimestre. O ministro disse esperar que o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) chegue ao quarto trimestre crescendo 2% em relação ao quarto trimestre de 2016.
A projeção é inferior à apresentada por Meirelles em café da manhã com jornalistas no fim do ano passado. Na ocasião, ele estimara em 2,8% o crescimento do PIB na mesma base de comparação.
Oficialmente, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda ainda projeta expansão de 1% para o PIB em 2017, na comparação que considera o ano inteiro, não apenas trimestre por trimestre. No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de dezembro, o Banco Central revisou a projeção de crescimento da economia para 0,8%.
As instituições financeiras estimam alta de 0,58%, segundo o Boletim Focus, pesquisa semanal divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central. No entanto, em relatório divulgado também hoje, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou, de 1,5% para 0,2%, a previsão de crescimento para o PIB brasileiro neste ano.
Informações da Agência Brasil
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