Você faz um esforço enorme para juntar dinheiro com o objetivo de realizar algum sonho: fazer um curso, comprar um imóvel, viajar, trocar de carro. Ao acumular certa quantia surge outro desafio: em que investir? Isso vai depender do seu perfil, do valor a ser aplicado e do tempo que dispõe para ficar com o dinheiro investido. O que é crucial nesse momento é evitar alguns erros que muitos investidores cometem.
A zona de conforto da Caderneta de Poupança
O erro mais frequente de quem começa a poupar dinheiro, mas não tem interesse em se informar sobre investimentos é aplicar toda a quantia que tem na Poupança. Ela é fácil de entender, simples e segura. O problema é que a rentabilidade é muito baixa e nem sempre repõe a perda com a inflação. Só para dar um exemplo, a Letra de Crédito Imobiliário, conhecida como LCI, também é segura como a Caderneta e não tem incidência de Imposto de Renda. A diferença é que rende bem mais. Em algumas instituições financeiras possibilita rentabilidade superior a 13% ao ano, enquanto a Poupança rende em torno de 7% em 12 meses.
Confiar nas dicas de outras pessoas
Outra falha é confiar na “grande dica” de um conhecido ou amigo. Sabe aquela pessoa que diz “estou ganhando dinheiro com isso, investe que não tem erro”? Pois bem, desconfie e procure se informar com profissionais qualificados e certificados.
Outra dica: na frente de seu gerente de banco, assessor de investimento ou consultor, procure ter uma atitude questionadora. Não aceite passivamente os produtos que são oferecidos. Sempre pergunte: o quanto isso vai me render após os descontos de impostos e taxas? É um retorno acima da inflação?
Querer se tornar rico rapidamente
Um terceiro erro comum é ser imediatista e querer enriquecer rapidamente. O problema desse comportamento é que a pessoa vai se arriscar muito e pode perder a capacidade de desconfiar frente a uma promessa de rentabilidade extraordinária. São pessoas que acabam caindo em golpes como pirâmides financeiras, fraudes ou estelionato.
Outras vão colocar todo o dinheiro na Bolsa de Valores e especular com operações de curto prazo. Especular é para profissionais e quem faz isso sem um curso e sem ter experiência corre um alto risco de perder muito dinheiro rapidamente.
Não valorizar a educação financeira
Para finalizar, o quarto erro é desprezar a importância da educação financeira. Obter conhecimento nessa área não significa que você terá de aprender matemática financeira ou perder horas e horas de estudo. O objetivo é ser um usuário de produtos financeiros, portanto é importante saber o básico daquilo que pretende investir, como os riscos, as vantagens e desvantagens, se é adequado ao seu perfil e ao horizonte de tempo que tem para deixar o dinheiro aplicado.
Se quiser comprar produtos de alto risco, aí sim é aconselhável fazer um curso rápido. Lembre-se sempre que é preferível investir R$ 500 ou mil reais em um curso do que perder R$ 5 mil, R$ 10 mil em um investimento por desconhecer seus riscos.
O artigo foi redigido com base na opinião de especialistas consultados pela reportagem. Esse portal não faz qualquer tipo de recomendação de investimento e não se responsabiliza por perdas, danos diretos ou indiretos e lucros cessantes resultantes de decisões tomadas a partir de seu conteúdo, gráficos, tabelas ou vídeos.
Procure sempre um profissional certificado por entidade reguladora para obter recomendações, análises ou consultoria sobre investimentos financeiros. Para mais detalhes acesse o site da Comissão de Valores Mobiliários.
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