Novos prefeitos prometem austeridade
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, e o vice-prefeito Fernando MacDowell, foram empossados neste domingo. Crivella voltou a defender a necessidade de cortar gastos e baixou 80 decretos.
As mudanças começam pela reestruturação administrativa da prefeitura, com a extinção de 14 secretarias, que tiveram suas atribuições incorporadas às doze remanescentes.
Na área fiscal e financeira, o decreto de maior impacto é o que reduz em 50% os cargos comissionados nos órgãos da prefeitura, com exceção da Secretaria de Saúde e dos quadros de profissionais de ensino da Secretaria de Educação, Esportes e Lazer. Outra medida estabelece um prazo de 60 dias para que a Secretaria de Fazenda elabore um plano com medidas para a renegociação da dívida pública do município.
Na área econômica, afirmou que a Secretaria de Fazenda vai tentar fazer uma reforma tributária, “buscando maior correspondência entre os níveis de contribuição e a capacidade contributiva”.
Os incentivos fiscais da prefeitura também estão sendo reavaliados e o prefeito também afirmou que pretende examinar benefícios concedidos a funcionários da administração direta e indireta.
“Enquanto esse trabalho não for concluído, a ordem é a seguinte: é proibido gastar”, disse ele, prometendo também ampliar concessões e parcerias público-privadas.
Em São Paulo, Dória diz que pobres serão prioridade
O novo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), empossado neste domingo, disse que a prioridade de seu governo serão os pobres. “A prioridade serão os mais humildes e mais pobres dessa cidade. Não se esqueçam. A partir de hoje, essa é a nossa prioridade”.
Segundo Dória, sua gestão será humilde, corajosa e austera e o seu governo será aberto, conciliador e transparente. ““Será um governo capaz de ouvir a opinião de todas as pessoas. Governaremos para todos, os que nos elegeram e os que não nos elegeram. Será uma gestão conciliadora”, disse.
Em seu primeiro discurso, Doria elogiou Haddad, dizendo ter orgulho “de termos feito aqui a mais solidária, transparente e mais democrática transição dessa cidade das últimas três décadas. Como governantes, vamos governar para a cidade de São Paulo, não para um partido ou ideologia”, ressaltou, lembrando que criou um conselho para reunir os ex-prefeitos da cidade, como Haddad, Gilberto Kassab, Marta Suplicy e Luiza Erundina, que se reunirá no mínimo três vezes por ano.
O governador Geraldo Alckmin, que foi saudado no local sob gritos de “Presidente”, disse que a posse era um momento de renovação democrática e que os atuais prefeitos “devem entender o recado das urnas”. Ele citou diversas vezes em seu discurso o nome do ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, Mario Covas – que, segundo ele, “estaria sorrindo” neste momento.
Alckmin teceu elogios a Dória, que disse ter “uma personalidade versátil e é um grande agregador. Mas acima de qualquer predicado, uma palavra permeia isso tudo: trabalho. João Doria é um incansável trabalhador”, ressaltou.
Informações da Agência Brasil