Ibovespa afunda 2,6% em dia de aversão ao risco e de realização

Atualizada às 18h18

O Ibovespa encerrou em queda de 2,6% nesta segunda-feira.

Destaque para Petrobras (PETR4) que no decorrer do pregão foi se desvalorizando e caiu mais de 5%, liderando as perdas.

Vale (VALE5, VALE3), Bradespar (BRAP4), holding que detém ações da mineradora, CSN (CSNA3) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) estiveram entre as maiores quedas.

O mercado repercutiu a homologação das delações dos executivos e ex-executivos da Odebrechet, o retorno de Eike Batista ao Brasil e ainda as polêmicas medidas do presidente americano Donald Trump. Na queda desta segunda-feira também está embutida a realização de lucros depois das altas recentes do Ibovespa, avaliam analistas do mercado.

A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, homologou as delações de 77 executivos e ex-funcionários da empresa Odebrecht, nos quais eles detalham o megaesquema de corrupção na Petrobras.

Com isso, os mais de 800 depoimentos prestados pelos executivos e ex-funcionários da Odebrecht ao Ministério Público Federal (MPF) se tornaram válidos juridicamente, isto é podem ser utilizados como prova.

Os investidores também estiveram de olho na prisão do empresário Eike Batista, que já está em uma unidade do presídio de Bangu, no Rio de Janeiro. Eike promete colaborar com as investigações de que foi alvo. Se isso ocorrer, se houver delação premiada, o próximo passo é saber quais políticos estariam envolvidos, além do ex-governador Sérgio Cabral e seu grupo.

Segundo o jornal O Globo, Eike indicou que o esquema de corrupção é maior do que se imagina.

Os investidores repercutiram ainda as restrições à imigração adotadas pelo governo do presidente Donald Trump nos Estados Unidos. As medidas  aumentam as chances de serem implementadas políticas radicais sobre o comércio e a economia, o que leva à maior aversão ao risco em âmbito global.

O governo americano também anunciou na tarde desta segunda-feira estar consciente de um teste com míssil feito pelo Irã neste domingo, em um claro desrespeito a uma resolução da ONU.

O dólar caiu 0,74% cotado a R$ 3,13.

MAIORES BAIXAS DO IBOVESPA

MAIORES ALTAS DO IBOVESPA (apenas 3 papéis do Ibov subiram)

SETOR CORPORATIVO

Reunião da Oi pode ser decisiva

A Oi informa que há uma reunião ordinária do seu Conselho de Administração convocada para o dia 1° de fevereiro, quarta-feira.

Na Ordem do Dia da reunião, os conselheiros serão atualizados sobre o andamento da recuperação judicial e de discussões com credores e potenciais investidores, e, como consequência, poderão ser discutidas alternativas de acordo com opiniões recebidas pela empresa por credores ou potenciais investidores.

A companhia esclareceu à Comissão de Valores Mobiliários que a administração vem se reunindo regularmente com credores, demais stakeholders e potenciais investidores, inclusive com o fundo de investimento americano Elliott “com vistas a reunir impressões, comentários e sugestões de melhoria ao plano de recuperação judicial”.

A Oi enfatiza que nestas conversas “uma das alternativas preliminares suscitadas seria a entrega imediata de [ações][equity] aos credores, em condições que ainda não foram definidas”.

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Gol afirma ter reduzido a dívida

A GOL divulgou nesta segunda-feira dados atualizados de seu desempenho operacional.

A empresa afirmou que reduziu a dívida total, incluindo arrendamentos financeiros, em R$1,3 bilhão no trimestre, totalizando mais de R$3,2 bilhões em redução da dívida em 2016.

A companhia estimou uma margem operacional de 6,5-7,0% no trimestre, em linha com a projeção atualizada divulgada na teleconferência de resultados em novembro último. Os resultados do trimestre incluem despesas não recorrentes relacionadas à reestruturação da frota.

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Marfrig: conversão de debêntures

A Marfrig (MRFG3) comunicou que, em razão do vencimento final das debêntures conversíveis em 25 de janeiro de 2017, conforme indicado na cláusula III.9.1 do Instrumento Particular de Escritura da 5ª Emissão de Debêntures Conversíveis em Ações da Marfrig, as 214.955 debêntures serão convertidas em 99.979.068 ações ordinárias de emissão da companhia.

Aquisição da Braskem  

Braskem (BRKM5) comunicou a celebração de contrato com a Odebrecht Utilities, por meio do qual a Braskem se compromete a comprar a totalidade das ações detidas pela Utilities na Cetrel.

Essas ações são representativas de 63,7% do seu capital votante e total. O negócio é avaliado em R$ 610 milhões.

A Cetrel é uma empresa de serviços ambientais que iniciou suas operações em 1978, juntamente com as indústrias do Polo Petroquímico de Camaçari.

Com mais de 100 clientes, sendo cerca de 70% no Polo de Camaçari, a Cetrel é responsável pelo tratamento e disposição final dos efluentes e resíduos industriais, monitoramento ambiental e fornecimento de água para uso industrial das plantas da Braskem em Camaçari.

Segundo a Braskem, a Cetrel tem um papel relevante na gestão dos processos ambientais das atividades do Polo Petroquímico de Camaçari, e sua aquisição busca garantir a segurança e confiabilidade das operações industriais no referido Polo, em linha com a estratégia da Companhia de reforçar sua operação petroquímica.

Banestes contrata formador de mercado

Banestes, o Banco do Estado do Espírito Santo (BEES3) comunicou que o Banco Central aprovou a eleição de Michel Neves Sarkis como membro da Diretoria e do Conselho de Administração do Banestes.

Guilherme Gomes Dias, atual presidente do Banestes, permanecerá no cargo até o dia 30 deste mês.

O banco também informou que será publicado o Edital de Contratação do serviço de formador de mercado para ações ordinárias (BEES3) e preferências (BEES4).

A instituição financeira esclarece que “a atuação do formador de mercado visa fomentar a liquidez das ações negociadas na bolsa, promover a correção das distorções de preços evitando a alta volatilidade das ações e prover a estabilidade de preços contribuindo para uma melhor percepção do investidor”.

OSX

A OSX (OSXB3), sobre um novo bloqueio de bens de Eike Batista pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, afirmou que a medida “não está vinculado à companhia e/ou recai sobre seus bens e/ou ativos de qualquer natureza, tratando-se de mais uma medida exclusivamente vinculada ao Sr. Eike Batista”.

Atenção: veja as empresas que vão ter de deixar a Bovespa

A Bolsa de Valores de São Paulo comunicou que vai cancelar a listagem das seguintes empresas:

No comunicado, a BM&FBOVESPA cita que o motivo foi o “descumprimento reiterado de requisitos previstos no Regulamento para Listagem de Emissores e Admissão à Negociação de Valores Mobiliários”.

As ações de emissão dessas companhias deixarão de ser admitidos na Bovespa a partir de 2 de março de 2017.

A BM&FBOVESPA ressalta também que, de 30/01 a 01/03/2017, as ações das companhias citadas serão objeto de negociação não contínua (negociação exclusivamente por meio de leilão, com fechamento de negócios apenas ao final da sessão de negociação), exceto nos casos em que os ativos estejam com negociação suspensa por determinação da CVM ou as empresas não tenham ações admitidas à negociação.

A Bolsa paulista afirma que devem ser endereçadas diretamente às companhias quaisquer dúvidas a respeito dos descumprimentos que levaram ao cancelamento de listagem ou quaisquer outras questões associadas ao relacionamento com tais companhias.

Paranapanema

A Paranapanema (PMAM3), afirmou desconhecer qualquer fato que justifique as oscilações atípicas de volume e preço das ações da empresa.

O volume de negócios aumentou bem acima da média nos últimos dias.

No mesmo Fato Relevante a empresa afirma que continua em “constante tratativas com seus principais credores relativas ao seu processo de reperfilamento de dívida, incluindo discussões avançadas visando à restauração do Acordo de Standstill, bem como reuniões estruturadas com alguns de seus maiores acionistas”.