A agência de classificação de risco Fitch manteve a nota da Petrobras em moeda estrangeira em BB, e em moeda nacional, em AA+, ambas indicando perspectiva negativa.
A agência explicou que a classificação da Petrobras é a mesma do Brasil, uma vez que o governo brasileiro exerce controle sobre a empresa, além da importância da Petrobras como “fornecedor quase monopolista de combustíveis líquidos” no país. O Brasil também tem a nota BB, categoria de investimento de risco.
A Fitch lembra que o governo federal detém 60,5% dos direitos de voto na Petrobras, além de uma participação econômica de 46%. A agência avalia que, para reduzir a dívida, a estatal brasileira terá que trabalhar por um fluxo de caixa livre neutro, além de obter sucesso no programa de corte de investimentos.
Em setembro, a Petrobras já havia anunciado a sua saída dos setores de produção de biocombustíveis, distribuição de GLP (gás de cozinha), produção de fertilizante e das participações em petroquímica.
“A redução futura da dívida dependerá do sucesso do programa de desinvestimento da Petrobras, que, segundo a Fitch, é incerto e difícil de prever, embora a empresa tenha demonstrado um progresso substancial até agora”, disse a agência, em nota.
A agência ainda elogiou a nova política de preços da estatal, que reduziu o preço dos combustíveis em outubro do ano passado. “A recente implementação da política de preços é um bom sinal para a empresa, pois aumenta a transparência e aumenta a independência do governo federal”, disse a Fitch.
Informações da Agência Brasil
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