A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo fechou o ano de 2016 em 16,8%, registrando alta em relação à taxa de 13,2% registrada em 2015. Os números foram divulgados hoje (27) pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Em 2016, o nível de ocupação diminuiu 4% em relação ao ano anterior. A eliminação de 384 mil postos de trabalho, associada à relativa estabilidade da população economicamente ativa, resultou no acréscimo do contingente de desempregados em 402 mil pessoas.
No ano passado, o total de desempregados foi estimado em 1.865 mil pessoas, o de ocupados em 9.237 mil e a população economicamente ativa em 11.102 mil. No mesmo período, diminuiu o rendimento médio real de ocupados (-4,9%) e assalariados (-3,1%), que passaram a equivaler a R$ 2.003 e R$ 2.066, respectivamente.
No comparativo mensal, o desemprego caiu de 16,8% em novembro para 16,2% em dezembro. O contingente de desempregados foi estimado em 1.795 mil pessoas em dezembro, 74 mil a menos do que no mês anterior. Houve variação positiva do nível de ocupação, com a geração de 26 mil postos de trabalho, e negativa da população economicamente ativa, com as 48 mil pessoas que saíram do mercado de trabalho na região.
O índice de desemprego aberto, ou seja, pessoas que buscaram trabalho nos últimos 30 dias e não trabalharam nos últimos sete dias, variou de 14% em novembro para 13,5% em dezembro. O desemprego oculto, ou seja, de pessoas que fizeram trabalhos eventuais, não remunerados em negócios de parentes, tentaram mudar de emprego nos últimos 30 dias ou que não buscaram emprego em 30 dias, variou de 2,8% para 2,7%, no mesmo período.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) voltou a cair ao passar de 110,7 pontos em dezembro para 102,2 pontos em janeiro, o que representa uma queda de 7,7%.
Na comparação com janeiro do ano passado houve alta de 14,8%, de acordo com pesquisa feita mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
A escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Os dados são coletados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo.
Após cinco altas consecutivas, o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), um dos dois itens componentes do índice, recuou 6,1% ao passar de 72,6 em dezembro para 68,2 pontos em janeiro.
Em relação a janeiro de 2016, o índice teve alta de 19,5%. O segundo item componente do ICC, o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), sofreu retração de 8,2%, passando de 136,1 pontos em dezembro para 125 pontos em janeiro.
Na comparação com janeiro do ano passado, houve alta de 13,2%, a décima alta consecutiva.
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, há uma atmosfera mais positiva do que existia há um ano, com as recentes mudanças no quadro político e econômico.
“O resultado da pesquisa de janeiro mostra ainda um consumidor insatisfeito com as condições socioeconômicas do presente e inseguro quanto ao futuro.
A situação do presente acaba por se refletir também nas expectativas, uma vez que as famílias seguem temerosas em relação ao mercado de trabalho”.
De acordo com a análise da FecomercioSP, o consumidor inicia o ano de 2017 demonstrando as mesmas preocupações vividas ao longo do ano passado: orçamento apertado por ganhos de renda mais modestos, em virtude do aumento real do custo de vida, causado pelas altas dos preços e juros e, principalmente, pela incerteza em relação ao seu emprego no futuro.
De acordo com a pesquisa, no resultado do ICEA, os consumidores com renda familiar superior a 10 salários mínimos e com 35 anos ou mais foram determinantes para a retração mensal. Já a queda do IEC foi motivada pelo público masculino e consumidores 35 anos ou mais.
Informações da Agência Brasil
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