Confiança do comércio avança em janeiro

26 de janeiro de 2017 Por Redação
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O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getulio Vargas subiu 0,6 ponto em janeiro de 2017, ao passar de 78,3 para 78,9 pontos, o maior nível desde outubro passado. Na métrica de médias móveis trimestrais, no entanto, o índice recuou -0,3 ponto no mês.

“Após avançar 10 pontos entre fevereiro e agosto do ano passado, a confiança do Comércio estabilizou-se na faixa entre 78 e 80 pontos nos últimos seis meses. O segmento parece incomodar-se pouco com a incerteza do ambiente político e se preocupar bastante com o custo e a disponibilidade de crédito para consumo. Assim, é possível que aceleração da queda dos juros sinalizada em janeiro pelo BC colabore para que a confiança do Comércio – ainda muito baixa em termos históricos – volte a registrar ganhos nos próximos meses”, afirma Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas Públicas da FGV/IBRE.

A alta do ICOM ocorreu em 10 dos 13 principais segmentos pesquisados e foi determinada pela melhora do Índice de Situação Atual (ISA-COM), que subiu 1,2 ponto, alcançando 68,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) ficou estável (-0,1 ponto) em relação a dezembro de 2016, ao atingir 89,9 pontos.

Entre os indicadores que integram o ISA-COM, a maior contribuição para a alta do mês veio do quesito que mede o grau de satisfação com o volume de demanda atual, que subiu 4,7 pontos em relação ao mês anterior, para 69,7 pontos. Já o indicador que mais contribuiu para a suave queda do IE-COM foi o que mede a situação dos negócios nos seis meses seguintes, com recuo de 3,2 pontos no mês.

 

Descolamento em janeiro

Em janeiro, o ICOM não seguiu a tendência de forte alta apresentada pelos outros dois índices de confiança já divulgados pela FGV, do Consumidor e da Indústria (em Prévia). Este resultado dos dados mensais pontuais não parece tão surpreendente, no entanto, quando consideramos a evolução destes indicadores em médias trimestrais. Na ponta, o ICI pontual (preliminar) teria subido 3,1 pontos e o indicador de média móvel, 0,6 ponto. No caso do Consumidor, a alta pontual de 6,2 pontos se converte em queda de 0,2 ponto na métrica de média móvel trimestral.

Fonte: Ibre