Confiança da indústria cresce e atinge o maior nível desde maio de 2014

31 de janeiro de 2017 Por Redação

screenshot_30

 

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas subiu 4,3 pontos em janeiro, para 89,0 pontos, o maior nível desde maio de 2014 (92,2 pontos). Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,0 ponto, para 86,7 pontos.
“Com a alta expressiva de janeiro, o ICI recupera o terreno perdido após setembro, quando o desapontamento com a evolução dos negócios no segundo semestre interrompeu a tendência de alta que vinha sendo observada no ano passado. O setor parece estar reagindo a uma combinação de aceleração da produção no final do ano e do ritmo de queda dos juros a partir de janeiro”, afirma Aloisio Campelo Junior, Superintendente de Estatísticas Públicas da FGV/IBRE.

A alta da confiança foi observada em 15 de 19 segmentos industriais pesquisados e estendeu-se às considerações do setor sobre a situação atual quanto às expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice de Expectativas (IE) avançou 4,7 pontos, para 91,0 pontos, e o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 3,8 pontos, para 87,0 pontos.
A maior contribuição para a alta do IE em janeiro veio do indicador que mede as perspectivas para o pessoal ocupado nos três meses seguintes. O indicador subiu 7,4 pontos, para 89,2 pontos, recuperando a perda acumulada de 6,0 pontos nos cinco meses anteriores. Houve elevação do percentual de empresas que projetam aumento do total de pessoal ocupado, de 11,1% para 14,1% do total, e redução da parcela das que preveem diminuição do quadro de pessoal, de 21,7% para 16,7%.

O indicador que mede a satisfação com a situação atual dos negócios exerceu a maior influência no aumento do ISA neste mês. Após três quedas sucessivas, o indicador subiu 5,2 pontos em janeiro, para 82,9 pontos. O percentual de empresas que consideram a situação dos negócios boa aumentou de 10,7% para 16,7% do total; o das que a consideram fraca diminuiu, de 46,7% para 43,5%. Apesar da melhora, o indicador permanece há quatro meses como o menor entre os componentes do ICI, indicando que a percepção em relação ao estado geral dos negócios é ainda pior que a percepção em relação ao nível de atividade.