O presidente eleitos dos Estados Unidos concedeu nesta quarta-feira sua primeira entrevista coletiva.
O republicano, que assume a presidência dia 20, afirmou que não tem negócios com a Rússia.
A entrevista, realizada em Nova York, ocorreu em meio à novas revelações de que Moscou interferiu nas eleições americanas. A imprensa doa EUA divulgou na terça-feira um documento supostamente secreto que afirma que a inteligência russa vem “cultivando, apoiando e ajudando” Trump por anos. Além disso, Moscou teria reunido informações pessoais comprometedoras sobre o republicano.
Outro destaque da entrevista foi a ênfase do empresário em dizer que vai gerar empregos.
Trump prometeu que como presidente vai ser o ‘maior criador de empregos’. Essa fala do político tem reflexos nas expectativas do mercado sobre o governo dele.
Por causa disso, o Federal Reserve (FED) já avalia a política econômica de Trump como risco à inflação.
A informação constou da Ata do Fomc, o comitê do Banco Central americano, que decide a taxa de juros.
Quase todos os integrantes do Comitê entenderam que a economia pode crescer mais rapidamente por causa de estímulos fiscais.
Com Donald Trump assumindo a presidência, o FED poderá intensificar os aumentos dos juros caso o republicano adote medidas para estimular o crescimento dos Estados Unidos, como redução de impostos e aumento de gastos, mesmo com economia americana se aproximando do pleno emprego.
Para países como o Brasil, o aumento dos juros nos EUA a um ritmo mais intenso tende a fazer com que o dólar se valorize. Uma das consequências da moeda americana mais cara é a pressão sobre a nossa inflação.
Logo que Trump começou a entrevista os principais índices acionários dos EUA começaram a cair. Aqui no Brasil o Ibovespa, que operava em leve alta, no meio da tarde passou para o terreno negativo.
COPOM
Os investidores aguardam nesta quarta-feira a decisão do Comitê de Política Monetária sobre a taxa Selic. A expectativa das instituições financeiras, segundo o boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central, é de uma redução de 0,5 ponto percentual na Selic. Caso se confirme, a taxa, atualmente em 13,75% ao ano, cairá para 13,25%.
SETOR CORPORATIVO
Braskem
Braskem (BRKM5) vendeu para a GTM do Brasil Comércio de Produtos Químicos 100% das quotas representativas do capital social da quantiQ Distribuidora. O valor da transação é de R$ 550 milhões, dos quais R$ 450 milhões serão pagos na conclusão da venda e o restante em até 12 meses podendo sofrer ajustes usuais deste tipo de operação.
Em Fato Relevante a Braskem afirmou que a “alienação da quantiQ está em linha com a estratégia de reforçar sua operação petroquímica”.
A quantiQ é uma das maiores distribuidoras de produtos químicos no Brasil com quatro centros de distribuição e sete bases logísticas. Atende mais de 50 segmentos de mercado incluindo commodities e especialidades químicas.
A GTM é um dos maiores distribuidores químicos da América Latina com operações no Brasil, México, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Equador, Peru e Argentina. É controlada pela Advent International, um dos maiores investidores globais de private equity.
Petrobras
A Petrobras informou que a produção média de petróleo da companhia no Brasil atingiu, em 2016, recorde histórico anual, alcançando a marca de 2.144.256 barris por dia (bpd), 0,75% acima do resultado do ano anterior e em linha com a meta de 2,145 milhões bpd prevista para o período. Mais detalhes aqui.
Biosev
A Biosev (BSEV3) afirmou que avalia constantemente alternativas de captação de recursos para fortalecer sua estrutura de capital e financeira, incluindo potencialmente a captação de recursos por meio de operação de mercado de capitais, inclusive através de uma oferta subsequente de ações de emissão da companhia e/ou de uma emissão de bonds no mercado internacional.
O Fato Relevante com a declaração foi emitido em esclarecimento à Comissão de Valores Mobiliários sobre a notícia divulgada pelo jornal Valor Econômico de que a empresa estaria avaliando opções no mercado financeiro, inclusive uma oferta subsequente de ações, para levantar R$ 2 bilhões para reduzir seu endividamento.
Renova
A Renova Energia (RNEW11) informa aos seus acionistas e ao mercado em geral que foi aprovado pelo Conselho de Administração a destituição de Ney Maron de Freitas do cargo de diretor vice-presidente de meio ambiente e sustentabilidade. Os membros do Conselho de Administração, juntamente com o diretor presidente, Carlos Figueiredo Santos, destacaram que a destituição de Ney Maron faz parte do processo de adequação da estrutura corporativa da companhia.
Usiminas
A Usiminas (USIM5) prometeu que vai buscar, pelas vias legais, a invalidação do voto contrário apresentado pela Sumitomo na Assembleia Geral Extraordinária para redução do capital social da Mineração Usiminas (Musa).
A Musa é controlada pela Usiminas. Mais detalhes aqui.
OGX
A Óleo e Gás Participações (OGXP3) e OGX Petróleo e Gás (OGSA3) informaram que celebraram uma Term Sheet indicativo que estabelece os principais termos comerciais de um acordo entre elas e a OSX, Nordic Trustee ASA, certos detentores da 3ª emissão de debêntures garantidas da OGX e certos credores do Export Pre-Payment Agreement.
Os termos e condições do acordo consistem essencialmente na conversão de todos e quaisquer valores em aberto do Incremental Facility; todos os passivos de afretamento não pagos (que pode incluir a contratação do afretamento para período futuro até a devolução do FPSO OSX-3 para a OSX3) e do DIP (antes ou imediatamente após a conversão do Incremental Facility e do Afretamento Não Pago em ações) em ações da OGX.
Em 31 de dezembro de 2016, os valores em aberto referentes ao DIP, ao Incremental Facility e ao Afretamento Não Pago somavam R$ 1,057 bilhão, R$ 318,7 milhões e R$ 1,068 bilhão (respectivamente).
O capital social da OGX, com a implementação total do Acordo, será distribuído conforme abaixo:
OSX-3 32,50%
Credores IF 15,58%
Credores DIP 46,92%
OGPAR 1,29%
Acionistas atuais 3,71%
Em Fato Relevante, a empresa afirma que após a conversão de todos os créditos em ações da OGX conforme descrito acima, a OGX pretende aprovar um grupamento de ações objetivando um preço por ação entre R$ 10,00 e R$ 20,00, cujos detalhes serão anunciados “oportunamente”.
Ainda, como parte do acordo, 33,33% das ações da Eneva detidas pelas companhias – as empresas detêm atualmente participação de 6,22% do capital total da Eneva – serão depositadas em uma conta “escrow” para garantir as obrigações das companhias referentes ao futuro abandono do campo de Tubarão Martelo e devolução do FPSO OSX-3; 8,31% das ações da Eneva detidas pelas companhias serão transferidas aos credores IF; e 25,02% das ações da Eneva detidas pelas companhias serão transferidas aos credores do DIP que optarem por participar do acordo.
Será oferecido a todos os credores do DIP a oportunidade de participar do acordo.
A OGX concordou ainda em depositar 10% de toda a sua receita proveniente do petróleo extraído do campo de Tubarão Martelo, após o pagamento dos royalties, em uma conta escrow, como garantia aos custos de abandono do campo de Tubarão Martelo e devolução do FPSO OSX-3.
Adicionalmente, a OGX também concordou em depositar 33,33% da receita mensal que exceder US$ 8 milhões, após o pagamento dos royalties e do depósito dos 10% da receita proveniente do campo de Tubarão Martelo, para a conta escrow e mesma quantia para a OSX-3, como pagamento do afretamento devido pelo Contrato de Afretamento. Os 33,33% restantes da receita excedente ficarão com a OGX para atender às suas despesas operacionais correntes.
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