Petrobras vende participação na Guarani e assina contrato para vender petroquímica Suape
Com duas operações anunciadas na noite de quarta-feira, a Petrobras afirmou que seu programa de parcerias e desinvestimentos totalizou US$ 13,6 bilhões no biênio 2015-2016, ficando abaixo da meta de US$ 15,1 bilhões estabelecida para o período.
O não atingimento da meta é explicado pela obrigação da Petrobras em cumprir decisão liminar da Justiça de Sergipe, impedindo a conclusão das negociações dos campos de Tartaruga Verde e Baúna, localizados, respectivamente, na Bacia de Campos e na Bacia de Santos, para as quais a Petrobras já estava em estágio avançado de negociação, com apresentação de proposta vinculante.
A meta do programa de parcerias e desinvestimentos para o biênio 2017-2018 será automaticamente acrescida desses valores, totalizando agora US$ 21 bilhões.
Petrobras Biocombustível vende participação na Guarani
A Petrobras informou que a sua subsidiária Petrobras Biocombustível (PBIO) celebrou com a Tereos Participations SAS, empresa do grupo francês Tereos, a venda da totalidade da sua participação na Guarani, correspondente a 45,97% do capital da companhia, pelo valor de US$ 202 milhões.
A Guarani é uma das empresas líderes do mercado brasileiro de açúcar e etanol, ocupando a terceira posição entre os maiores produtores de açúcar do Brasil.
A Tereos é sócia da PBIO na Guarani, detendo 54,03% do capital total, sendo a terceira maior produtora de açúcar no mundo.
A Petrobras afirma que essa operação faz parte do programa de parcerias e desinvestimentos e será contabilizada para a meta do biênio 2015-2016. A estatal ressalta ainda que a venda “está alinhada ao Plano Estratégico, que prevê a otimização do portfólio de negócios, com a saída integral das atividades de produção de biocombustíveis”.
O projeto faz parte das cinco transações que podem ter seus contratos assinados de acordo com a decisão cautelar do Tribunal de Contas da União (TCU) e sua conclusão está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Aprovação da assinatura do contrato para venda da PetroquímicaSuape e da Citepe
Petrobras anunciou também que seu Conselho de Administração aprovou, em reunião realizada nesta quarta-feira, a assinatura do contrato para venda da Companhia Petroquímica de Pernambuco (PetroquímicaSuape) e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) para o Grupo Petrotemex e Alpek.
A PetroquímicaSuape e a Citepe são subsidiárias integrais da Petrobras e fazem parte do Complexo Industrial Químico-Têxtil da companhia, localizado em Ipojuca, no estado de Pernambuco.
A Alpek é uma empresa mexicana do Alfa, que atua no setor petroquímico e que ocupa uma posição de liderança na produção de poliéster no mundo. O valor total da venda é de US$ 385 milhões e será pago em reais na data do fechamento da operação.
Esse valor está sujeito a ajustes de capital de giro, dívida líquida e impostos a recuperar. Essa operação faz parte do programa de parcerias e desinvestimentos e será contabilizada para a meta do biênio 2015-2016.
A estatal afirma que a venda está alinhada ao Plano Estratégico da Petrobras, que prevê a otimização do portfólio de negócios, com a saída integral das participações em petroquímica.
Venda da Nansei Sekiyu
A Petrobras divulgou nesta quinta-feira que finalizou a venda de 100% das ações da Nansei Sekiyu (NSS) para a Taiyo Oil Company. A operação foi concluída com o pagamento de US$ 165 milhões pela Taiyo, realizado ontem, após o cumprimento de todas as condições precedentes previstas no contrato, assinado em 17 de outubro de 2016.
Este valor ainda está sujeito a ajustes finais.
A NSS é uma empresa localizada na ilha de Okinawa, no Japão, e detida integralmente pela Petrobras International Braspetro. Compreende uma refinaria com capacidade de processamento de 100 mil barris por dia de petróleo, 36 tanques que armazenam 9,5 milhões de barris de petróleo e derivados, além de três píeres para carga e descarga de navios e uma monobóia.
A Taiyo é uma empresa japonesa de capital fechado, de importação, exportação, refino e venda de produtos petrolíferos, com sede em Tóquio.
A operação foi contabilizada no programa de parcerias e desinvestimentos, que atingiu US$ 13,6 bilhões no biênio 2015-2016.