Copom reduz a taxa Selic para 13,75% ao ano

O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 13,75% a.a., sem viés.

Os integrantes do Copom avaliam que a inflação recente mostrou-se mais favorável que o esperado, em parte em decorrência de quedas de preços de alimentos, mas também com sinais de desinflação mais difundida.

O Comitê enfatiza que os passos no processo de aprovação das reformas fiscais têm sido positivos até o momento e ressalta que os riscos para o cenário básico para a inflação são, por um lado,  o possível fim do interregno benigno para economias emergentes, o que pode dificultar o processo de desinflação; sinais de pausa no processo de desinflação de alguns componentes do IPCA, e o processo de aprovação e implementação das reformas e ajustes necessários na economia, que é longo e envolve incertezas.

O Banco Central ressalta que a atividade econômica mais fraca e o elevado nível de ociosidade na economia podem produzir desinflação mais rápida que a refletida nas projeções do Copom.

O Comitê avalia que o “conjunto dos indicadores divulgados desde a última reunião do Copom sugere atividade econômica aquém do esperado no curto prazo, o que induziu reduções das projeções para o PIB em 2016 e 2017. A evidência disponível sinaliza que a retomada da atividade econômica pode ser mais demorada e gradual que a antecipada previamente”.

O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2017 e 2018, é compatível com um processo gradual de flexibilização monetária.

O Copom destaca que o ritmo de desinflação nas suas projeções pode se intensificar caso a recuperação da atividade econômica seja mais demorada e gradual que a antecipada. Essa intensificação do processo de desinflação depende de ambiente externo adequado.