Vale e Petrobras desabam e levam o Ibovespa a fechar em queda

29 de novembro de 2016 Por Redação

Atualizada às 18h19

 

O índice Bovespa fechou em baixa de 2,9% aos 60.986. As quedas da Vale, Petrobras, do setor bancário e siderúrgico levaram o índice a desvalorização.  Fibria e Suzano subiram forte.

O Ibovespa aumentou as perdas após a notícia de que a economia dos Estados Unidos registrou o crescimento mais forte em dois anos com o Produto Interno Bruto (PIB) crescendo a uma taxa anualizada de 3,2% entre julho e setembro, acima da registrada inicialmente para o período, de 2,9%.

Os investidores estão de olho também na reunião da Opep que vai decidir se haverá ou não corte na produção de petróleo. O encontro ocorre nesta quarta-feira e até o momento boa parte dos analistas do setor está pessimista. Como consequência, o barril do petróleo WTI (EUA) e barril do Brent (Londres) caíram 3,7%.

O dólar fechou em alta de 0,33% a R$ 3,40.

 

MAIORES ALTAS DO IBOVESPA

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MAIORES ALTAS DO IBOVESPA

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DESTAQUES

 

Vale vai pagar juros sobre capital próprio

A Vale S.A. (VALE5, VALE3) informou que a sua Diretoria Executiva propôs e o seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de remuneração aos acionistas como uma antecipação da distribuição obrigatória dos resultados de 2016, no valor bruto de R$ 856.975.000,00, correspondente ao valor de R$ 0,166293936 por ação ordinária ou preferencial em circulação em 25 de novembro de 2016.

O pagamento de R$ 856.975.000,00 será feito a partir de 16 de dezembro de 2016, totalmente na forma de juros sobre capital próprio. Os valores em reais foram obtidos mediante a conversão dos valores em dólares norte-americanos pela taxa de câmbio de venda do dólar norte–americano informada pelo Banco Central do Brasil no dia 25 de novembro de 2016 de R$ 3,4279 por dólar norteamericano.

 

Oi: holandeses podem pedir suspensão de pagamentos

Oi (OIBR4), empresa em recuperação judicial, foi informada pelos administradores judiciais holandeses que estes poderiam requerer a conversão dos dois procedimentos de suspension of payments (suspensão de pagamentos) das suas subsidiárias Oi Brasil Holdings Coöperatief UA – Em Recuperação Judicial (“Oi Brasil Holdings”) e Portugal Telecom International Finance, em Recuperação Judicial (“PTIF”), veículos financeiros da Oi na Holanda, em processos de falência.

Em  um comunicado, a empresa acredita que caso venha a ser realizada tal conversão, tal evento não prejudicaria o seu caixa ou as suas atividades operacionais e que tal conversão estaria restrita à jurisdição e lei holandesas.

A Oi disse esperar que “disso não resultem impactos significativos na recuperação judicial e no dia-a-dia da Companhia no Brasil, onde a Oi tomará as medidas necessárias para manter seus ativos preservados”.

A companhia informa ainda que participou de uma audiência de mediação com a Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel com vistas a uma solução consensual para equacionamento das dívidas em que a Anatel é credora da Companhia.

A Oi informou ainda que apresentou ao Juízo no qual está em curso a recuperação judicial uma proposta de utilização da mediação como forma de solucionar os créditos de valor de até R$ 50 mil, o que abrange um universo de quase 58 mil credores com créditos até esse valor. Tal proposta poderia resultar em um desembolso pela companhia de um valor de até R$ 783 milhões.

A empresa enfatiza que “todos estes fatores indicam claramente que a Oi permanece engajada na busca de um consenso para a aprovação de um plano de recuperação judicial que garanta a sustentabilidade, tendo inclusive sido iniciadas conversas com credores sobre potenciais alterações nos termos propostos para o plano de Recuperação Judicial da Companhia”.

 

Petrobras amortiza financiamento junto ao BNDES

A Petrobras (PETR3, PETR4) comunicou, em complemento ao Fato Relevante de 22 de novembro de 2016, que o valor recebido de US$ 1,25 bilhão com o fechamento da operação de venda de sua participação do bloco exploratório BM-S-8 para a Statoil Brasil Óleo e Gás LTDA foi utilizado integralmente para a liquidação parcial antecipada do contrato de financiamento celebrado entre a Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG), subsidiária integral da Petrobras, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Essa é uma importante medida que vem sendo adotada pela Petrobras de utilizar os recursos advindos de programa de desinvestimentos para redução de seu endividamento.

 

 

Cade aprova compra de Minerva

A Minerva (BEEF3) obteve do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) a aprovação, sem restrições, da aquisição da Frisa Frigorífico Rio Doce.

A Frisa é um dos principais produtores de carne bovina do Brasil, com unidades frigoríficas localizadas em Colatina (estado do Espírito Santo e capacidade de abate de 500 cabeças/dia), Nanuque (estado de Minas Gerais e capacidade de abate de 800 cabeças/dia) e Teixeira de Freitas (estado da Bahia e capacidade de abate de 400 cabeças/dia), e Centro de Distribuição e escritório na cidade de Niterói (estado do Rio de Janeiro).

De acordo com a Minerva, em 2015, a Frisa teve receita líquida de R$ 942 milhões e EBITDA aproximado de R$ 43 milhões. As exportações representam cerca de 33% (trinta e três por cento) das vendas totais.

Ainda segundo a companhia, a aquisição da Frisa “se constitui numa excelente oportunidade estratégica e representa mais um passo na consolidação do setor no Brasil e na América do Sul. Suas unidades são complementares às operações industriais da Minerva, adicionando dois estados em que a companhia não possuía planta de abate (ES e BA), ampliando assim a diversificação geográfica”.

 

NA ECONOMIA

O Comitê de Política Monetária (Copom) inicia nesta terça-feira a reunião de dois dias para definir a taxa básica de juros, a Selic. Esta é a última reunião do comitê neste ano.

Amanhã (30), ao fim do segundo dia de reunião, o Banco Central anuncia a decisão sobre a Selic. De acordo com a pesquisa semanal do BC a instituições financeiras, a expectativa é de que o Copom dê continuidade ao ciclo de cortes na Selic, com redução da taxa dos atuais 14% ao ano para 13,75%.