Oi: holandeses podem pedir suspensão de pagamentos
Oi (OIBR4), empresa em recuperação judicial, foi informada pelos administradores judiciais holandeses que estes poderiam requerer a conversão dos dois procedimentos de suspension of payments (suspensão de pagamentos) das suas subsidiárias Oi Brasil Holdings Coöperatief UA – Em Recuperação Judicial (“Oi Brasil Holdings”) e Portugal Telecom International Finance, em Recuperação Judicial (“PTIF”), veículos financeiros da Oi na Holanda, em processos de falência.
Em um comunicado, a empresa acredita que caso venha a ser realizada tal conversão, tal evento não prejudicaria o seu caixa ou as suas atividades operacionais e que tal conversão estaria restrita à jurisdição e lei holandesas.
A Oi disse esperar que “disso não resultem impactos significativos na recuperação judicial e no dia-a-dia da Companhia no Brasil, onde a Oi tomará as medidas necessárias para manter seus ativos preservados”.
A companhia informa ainda que participou de uma audiência de mediação com a Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel com vistas a uma solução consensual para equacionamento das dívidas em que a Anatel é credora da Companhia.
A Oi informou ainda que apresentou ao Juízo no qual está em curso a recuperação judicial uma proposta de utilização da mediação como forma de solucionar os créditos de valor de até R$ 50 mil, o que abrange um universo de quase 58 mil credores com créditos até esse valor. Tal proposta poderia resultar em um desembolso pela companhia de um valor de até R$ 783 milhões.
A empresa enfatiza que “todos estes fatores indicam claramente que a Oi permanece engajada na busca de um consenso para a aprovação de um plano de recuperação judicial que garanta a sustentabilidade, tendo inclusive sido iniciadas conversas com credores sobre potenciais alterações nos termos propostos para o plano de Recuperação Judicial da Companhia”.