O ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, foi preso nesta quinta-feira pela Polícia Federal. Ele é suspeito de receber propina para a concessão de obras públicas.
Cabral foi alvo de dois mandados de prisão preventiva, um expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, e outro pelo juiz Sergio Moro, em Curitiba. Além de Cabral, outras nove pessoas também foram presas.
A operação Calicute, um desdobramento da Lava-Jato no Rio, tem como base a delação premiada do empresário Fernando Cavendish. As acusações da delação da Andrade Gutierrez e da Carioca Engenharia também serviram como base para fundamentar a prisão.
A polícia investiga o desvio de recursos públicos federais em obras cujo prejuízo passa de R$ 220 milhões.
Cabral teria recebido propina de construtoras em seus dois mandatos, entre 2007 e 2014. Foi o que afirmaram a Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público Federal.
Segundo as investigações, o ex-governador chefiava um esquema de corrupção que cobrou propina de construtoras, lavou dinheiro e fraudou licitações em grandes obras no estado realizadas com recursos federais.
Os procuradores do Ministério Público Federal afirmaram que Sérgio Cabral chegou a receber R$ 350 mil de “mesada” da Andrade Gutierrez e R$ 200 mil da Carioca Engenharia que, no segundo mandato, aumentou o pagamento para R$ 500 mil.
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